Festival de artes marciais mostrará o outro lado do Projeto Criança Cidadã

Além da música, a ABCC cuida da prática esportiva. (Houldine Nascimemto/ABCC)


Cerca de 300 atletas, de idade entre seis e 14 anos, participarão neste sábado, 10, no ginásio da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), na Av. Mascarenhas de Morais, do I Festival de Artes Marciais Nildo Nery dos Santos. O evento, a realizar-se de 9h a 12h, constitui uma homenagem ao desembargador, falecido há pouco tempo, fundador e primeiro presidente da ABCC (Associação Beneficente Criança Cidadã), à qual pertence a já famosa Orquestra Cidadã. Ao mesmo tempo, o festival esportivo tem a finalidade de mostrar à sociedade pernambucana a outra face da organização, que é a prática esportiva, como um meio de ocupar crianças e adolescentes de áreas carentes, evitando que sejam seduzidos pelos descaminhos da vida, aderindo, por exemplo ao uso de drogas, a grande calamidade que grassa sobre o País, com foco, principalmente, nas grandes cidades.   

Em instalações situadas no bairro do Cordeiro, numa região de comunidades pobres, a ABCC mantém uma programação de aprendizado e prática de artes marciais – judô, caratê e taekwondo – tudo ministrado por professores de educação física, sob a coordenação de Marco Melo, o conhecido Marquinhos, da Universo. Esta participa do projeto, juntamente com a Federação de Esporte Escolar de Pernambuco.

Foram convidados, como embaixadores do I Evento de Artes Marciais Nildo Nery, personagens do esporte pernambucano que podem ser apontados como exemplos de vida: Adriana Salazar (natação), Chiquinho (futebol). Diego Perez (secretário executivo de Esportes de Pernambuco), Felipe Rego Barros (vice-presidente do Santa Cruz), Chiquinho (futebol). Joana Maranhão (natação), Kuki (futebol), Luciano Veloso (futebol), Magrão (futebol), professor Nagai (judô) e Yane Marques (pentatlo moderno).

A presidente da ABCC, Myrna Targino, vê o festival, como uma oportunidade de a entidade chamar a atenção para a necessidade de receber ajuda, seja governamental, seja particular, para dar prosseguimento ao seu trabalho de inclusão social. – Nossa próxima meta é aproveitar um terreno que temos para adotarmos a prática do futebol – afirma Myrna, destacando o aspecto voluntário que prevalece entre os membros da diretoria e outros colaboradores.

Além dos 100 alunos da ABCC, que contam com assistência médica, incluindo uma psicóloga, nutricionista e pessoal de apoio, o evento deste sábado, na Universo, terá a presença de atletas de dez associações convidadas, todas trabalhando com jovens carentes de diferentes pontos do Recife e da Região Metropolitana.

– Não haverá premiação para primeiro ou segundo colocado, mas todos os garotos receberão medalha de participação. Já para cada associação está reservado um troféu – afirma Marco Melo, enfatizando o caráter lúdico e educativo do festival. – Isso evitará que um aluno tome parte em uma ou duas lutas durante poucos minutos e seja alijado do evento. Ao contrário, ele estará em atividade durante toda a manhã –, completa o coordenador esportivo da ABCC.    


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