Futebol, essa coisa toda

SEMANA DE MORTE 

A semana começou totalmente sem graça. Segunda-feira (12),
à tarde, enquanto  desportista Urbano Serpa Brandão baixava à sepultura, no Cemitério de Santo Amaro, o ex-lateral Gena vivia suas últimas horas na face da terra, posto que morreria à noite. Urbano tinha 87 anos, Gena, 75. Ligado ao Íbis e ao América, tendo trabalhado também no Centro Limoeirense, Urbano morreu pobre e, sem família, pois era um solteirão. Recebia uma ínfima aposentadoria. Porém, contava com a ajuda de alguns amigos, como o radialista Tarciso Regueira, o conhecido Bocão, e em certa época, de Cleo Niceas, Francisco José e Paulo Moraes, da TV Globo, do empresário de equipamentos gráficos Geraldo Figueiroa e da Federação Pernambucana de Futebol.


LESADO

Gena não ficou rico. Os que o conhecem mais de perto sabem que foi lesado no seu apogeu no Náutico por um sócio comercial, de quem era amigo e a quem passou uma procuração, pois o futebol não permitia que ficasse cuidando de negócios. Quando abriu os olhos descobriu que estava sem nada. 

Apesar desse baque, Gena pôde levar a vida com dignidade ao lado da esposa Graça e criar os filhos Gena – chama-se Genival, como o pai –, e Patrícia. Há alguns anos, Gena submeteu-se a um transplante de fígado e cumpria rigorosamente a prescrição médica. Cinco vezes campeão pelo Náutico e três pelo Santa Cruz, ele era festejado por alvirrubros e tricolores. Vivia o futebol intensamente e sempre comparecia aos jogos. No juvenil do Náutico, o técnico Alexandre Borges mexia muito com o Índio, como era chamado na intimidade, por ser muito calado.


Gena renovando contrato com o Náutico, diante de Miguel Machado (E) e Ivanildo Souto. Em pé, Everardo Bezerra, Paulo Campos e Clóvis Monteiro



A TURMA DE RISCO

Faltando cinco rodadas para o Brasileirão terminar, é hora de usar a calculadora, roer as unhas, fazer figa ... e jogar. Falo de quem está do 14º lugar para baixo. O Paraná não se conta porque já está eliminado.  

Na Ilha do Retiro haverá nesta quarta-feira (14) um clássico regional marcado pela rivalidade e pela necessidade de vencer: Sport (16º / 37) x Vitória (17º / 35). Os demais jogos da 34ª rodada envolvendo equipes situadas na área de risco são: Vasco (15º / 38) x Atlético-PR, Bahia x Ceará (14º / 38), Chapecoense (19º / 34) x Botafogo e Internacional x América-MG (18º / 34).


O OLHO DO GAVIÃO

O Porto está só na moita, esperando o jogo desta quarta entre Santa Cruz e América, no Arruda, às 15h, para saber quem vai enfrentar nas duas partidas finais do Campeonato Pernambucano Sub-20. No jogo de ida, a Cobra Coral e o Periquito ficaram no empate de 1 x 1. Assim, o time que vencer esse novo confronto estará qualificado para o duelo com o Gavião. Empate leva pros pênaltis. O Porto habilitou-se para a decisão ao eliminar o Sport. Por isso e pela tradição nas categorias de base é merecedor de todo o respeito.

PICHAÇÃO

O lado ruim do ‘progresso’ já chegou ao Estádio José Vareda, em Limoeiro, cujos muros foram pichados por torcedores revoltados, depois da derrota do Centro Limoeirense para o Petrolina na decisão da Série A 2. “Parece até time grande”, comentou outro dia o radialista Maciel Junior, limoeirense e ardoroso torcedor do Dragão.

CLÁSSICO NO HÓQUEI

Quem avisa é Maroca, o presidente Mário Guedes, da Federação Pernambucana de Patinagem, que tem jogo às 20h30 desta terça (13), no ginásio da Ilha do Retiro.  Sport e Português enfrentam-se pelo segundo turno do Campeonato Pernambucano Adulto Masculino de hóquei tradicional. O Sport ganhou o primeiro turno e o Português precisa vencer o segundo para seguir na luta pelo título de 2018. A entrada é franca e, pela rivalidade, espera-se um bom público.

Comentários