Futebol e essa coisa toda


Esse termo 'gato' surgiu no futebol pernambucano e hoje está espalhado pelo Brasil. O Sport torce para que ele mie a seu favor. Isso é só um tema da coluna, que tem vários outros assuntos, inclusive, uma bronca de um ex-jogador rubro-negro por causa do rebaixamento. 

TEM GATO NA TUBA

Este caso do ‘gato’ surgido no Ceará, que pode botar o Sport novamente na Série A e o clube cearense na B, no que não acredito, porque o clube não vai adivinhar que o jogador adulterou seus documentos originais, faz-me lembrar o consagrado cronista esportivo Adonias de Moura, com o qual iniciei minha carreira, na Rádio Clube e no Diario de Pernambuco. No DP foram 18 anos. Adonias, na sua juventude jogou futebol. Era conhecido também por Escoteiro, tendo defendido seu Santa Cruz e o Sport.



Quando se falava em ‘gato’, Bubu, como era conhecido na intimidade da redação, lembrava que o termo, hoje consagrado nacionalmente, surgiu no Recife. Um zagueiro, apelidado de Gato, do Sport, tinha adulterado a idade para se passar por mais novo. Foi descoberto e o caso ganhou notoriedade. Como era comum surgirem fatos do tipo, sempre que estourava uma bomba, a imprensa afirmava que tinha “aparecido um novo gato no futebol pernambucano”. E nas rodas de conversa ouvia-se muito a expressão “tem gato na tuba”, uma música, para puxar o assunto. E o apelido de Gato tirou a vestimenta solene de nome próprio, tornou-se um substantivo comum e foi se espalhando pelo Brasil. Aqui acolá ainda se ouve um miado, como este do lateral mato-grossense Ernandes.  
  
MODERAÇÃO

A agressão ao árbitro Tiago Nascimento gerou a ideia de uma greve entre seus colegas vinculados à Federação Pernambucana de Futebol. Todavia, o novo presidente da ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), o pernambucano Salmo Valentin, convenceu a turma quanto à inconveniência de qualquer ação paredista naquele momento. Além de o ato ser desaconselhável, alegou Salmo, com os últimos campeonatos promovidos pela FPF chegando ao fim, o movimento passaria praticamente despercebido.

OS CIFRÕES ENCOLHERAM

O Vitória da Bahia refaz seu orçamento. Com a queda para a Série B, os cifrões passam a ser meras cifras. A principal baixa relaciona-se aos novos modelos de contrato da transmissão dos jogos pela TV. O Leão da Barra não receberá mais a cota de R$ 35 milhões a que tinha direito na Série A e que continuaria abiscoitando, se o sistema antigo, aquele instituído pelo Clube dos 13, ainda estivesse em voga.
Na B, segundo o jornal Tribuna da Bahia, a parte que vai lhe caber no novo ‘latifúndio’ é aproximadamente R$ 7 milhões.

PRESTIGIADO, SEM ASPAS

O técnico Roberto Fernandes, pernambucano que tirou o CRB lá de baixo e conseguiu mantê-lo na Série B do Campeonato Brasileiro, teve o contrato renovado até o fim de 2019. Sua capacidade profissional e seus méritos foram reconhecidos pelo Galo da Pajuçara.

GERALDÃO E SANTOS DUMONT

Nesta terça-feira, 4, o ministro do Esporte, Leandro Cruz, a secretária do Prodetur, Manuela Marinho, o deputado federal Felipe Carreras e o prefeito Geraldo Júlio, farão visita oficial, a partir de 11 horas, ao Geraldão e ao Centro de Esportes Santos Dumont. Oxalá não seja apenas uma visita formal, mas que gere frutos, principalmente para o Geraldão, cuja reformulação anda a passos de cágado, desde 2013.

LUTO

Foi decretado luto oficial de três dias pela Federação Pernambucana de Futebol, em virtude da morte de Jonas Gustavo Torres, na madrugada de segunda-feira (3) aos 56 anos. Radialista de Belo Jardim, brilhou na Rádio Bitury e presidiu o Belo Jardim. Morreu no Hospital das Clínicas, no Recife, onde estava internado.

 REVOLTA BAIANA

O baiano Elney Pitangueira de Andrade manda-me esta mensagem, de Salvador; “Meu pai tá revoltado com o rebaixamento do Sport, onde diz que, no tempo dele, o Sport pagava em dia e era respeitado, pela organização. Todo mundo queria jogar e era um timaço. Era um time grande e dava pau nos grandes clubes da época.”
O revoltado é o ex-lateral Ney Andrade, que veio do ABC para defender o Sport, jogou também pelo América e mudou-se com mala e cuia para Salvador, contratado pelo Bahia. Não saiu mais da Boa Terra. Vejamos uma escalação do Sport, na sua época: Manga; Bria e Osmar; Gilberto, Zé Maria e Ney Andrade; Traçaia, Pacoti, Walter Morel, Valter e Ilo. Com esta formação, em 22/8/1958, o Leão, que, comandado pelo argentino Dante Bianchi, seria o campeão do ano, goleou o Íbis, nos Aflitos, por 9 x 0, gols de Traçaia, Pacoti e do uruguaio Walter Morel. Cada um balançou a rede três vezes. Arbitragem de Mário Vianna (“com dois enes”, fazia questão), na época o árbitro número 1 do Brasil, contratado pela FPF. Pertencia à Polícia Especial do Rio de Janeiro, que ainda era a Capital Federal. O time do Íbis: Zeca Peneira; Zildo e Alcione; Moreno, Nego e Baú; Ronaldo, Nilton Lopes, Odacir, Vantu e Almiro.

AO REDOR DO TEMPO

O assunto, sem dúvida, é o futebol. Evaldo Costa e Ricardo Rocha são duas pessoas capazes de esquecer o tempo, quando o assunto é futebol. Como  são dois fervorosos torcedores do Santa Cruz, a Cobra Coral deve ter serpenteado entre um tema e outro. Muita coisa - boa e ruim - deve ter saído nessa conversa. 


PESAR

Depois de editar este texto sobre Evaldo Costa e Ricardo Rocha fui informado da morte súbita do ex-atacante Henrique (Rocha), irmão de Ricardo. Henrique jogou em clubes do interior de Pernambuco e de outros Estados nordestinos. Trabahou também como treinador. Ele sofreu um enfarte fulminante, na madrugada desta terça-feira, 4, em Maraial, na Zona da Mata, onde residia e onde será sepultado nesta quarta.

TIRO LIVRE

DEPOIS do rebaixamento Augusto Dornelas, candidato a presidente do Sport pela situação, sentiu que a maré não estava pra peixe e tirou o time. / JOÃO CAIXERO está em plena atividade, dando todo o gás para inaugurar o primeiro campo de treinamento do CT tricolor. Trata-se, aliás, do segundo CT, uma vez que o Santa já tem outro, em Dois Unidos, é verdade que bem menos aquinhoados. / 
ADILSON COUTO está fazendo falta com seu “que vergonhaaaaaa”, muito apropriado para a atual situação do futebol pernambucano.  

O TIME DELES

Hugo Esteves – Sport
Maestro Forró – Santa Cruz
Nonô Germano – Náutico



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