Pernambuco fora no novo mapa do futebol nordestino


Ano novo. Como sempre, renovam-se as esperanças. Renovação – quem sabe, reinvenção? – eis aí uma extrema necessidade da qual padece o futebol pernambucano. Que está muito por baixo.

Basta dizer que Pernambuco não tem uma só  equipe na Série A do Campeonato Brasileiro. No Nordeste, passaram a perna nos pernambucanos, Ceará (Ceará e Fortaleza), Alagoas (CSA) e Bahia (Bahia).

A tradição, que por si só não dá sustentação a nenhum clube, se não houver uma estrutura adequada, foi pro espaço. Em 2019, os centenários Náutico e Santa Cruz continuarão a mourejar na Série C, a Terceira Divisão, na qual fracassaram no ano passado, quando mediram forças com equipes melhores, do Sudeste, no mata-mata. Não tiveram competência para ultrapassá-las.

Já o também centenário Sport, depois de várias ameaças de queda, terminou sendo rebaixado para a Segunda Divisão. Isso não é novidade para o Leão. Só que nas outras vezes sua cota era bem maior do que a dos concorrentes.  O retorno poderia até demorar dois ou três anos, mas sabia-se que aconteceria. Agora a está nivelado. A tarefa será mais árdua.
TEMPOS IDOS Futebol pernambucano já mereceu ser capa da revista Placar


Nada contra a evolução de outros Estados. Quem me acompanha sabe como torço para que o espaço nordestino no panorama nacional esteja sempre aumentando, muito embora reconheça que o caminho é muito pedregoso.

A prova disso é que quando um do Bloco dos 12 (Atlético, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Santos, Vasco) é rebaixado da Série A para a B, sua volta ao patamar superior, no ano seguinte, é dada como certa. E os prognósticos se confirmam.

Ou seja, a passagem pelo “purgatório” para qualquer um dos maiorais dura apenas uma temporada. Como a regra do jogo mudou, talvez daqui para frente, a facilidade já não seja a mesma.

EVANDRO VAI ÀS PRINCESAS

Numa entrevista de fim de ano concedida a uma das nossas rádios, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, lamentou que, segundo os relatórios da CBF, dos quais ele tem conhecimento, muitos clubes por aí afora recebem benesses dos governos estaduais.

Em Pernambuco, depois da extinção do Todos Com a Nota, o futebol passou batido. Estaria nessa disparidade, em relação a outros centros, uma das razões do fracasso da terra dos Altos Coqueiros.

Evandro promete apelar para o espírito esportivo  do governador Paulo Câmara, lembrando o lado social que o futebol envolve.

Para quem não sabe, Paulo Câmara mesmo não tendo o envolvimento de outros que já passaram pela governança, como o alvirrubro Eduardo Campos e o rubro-negro Jarbas Vasconcelos, é um desportista, torcedor do Santa Cruz, a exemplo da vice-governadora Luciana Santos, esta, uma ‘venenosa’ cobra coral!



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