Alfredo Gonzalez mostrou a Rinaldo o caminho da Seleção



O argentino de Partido de Bolívar, Buenos Aires, Alfredo Gonzalez, teve, como técnico, três passagens pelo futebol pernambucano, onde dirigiu Santa Cruz, Náutico e Sport.
Sua presença à frente da equipe tricolor foi a que mais marcou. Sob seu comando, o Santa Cruz, que tinha levantado a taça pela última vez, em 1947, tornou-se supercampeão pernambucano de 1957, numa das mais brilhantes edições do Estadual em todas as épocas.

Em 1963 voltou para dirigir o Náutico na conquista do primeiro título rumo ao Hexa. Saiu no ano seguinte em meio ao certame estadual, numa desavença sem pé e sem cabeça criada por ele antes de uma viagem a Belém para um jogo contra o Paysandu pela Taça Brasil. O Timbu foi campeão invicto, tornando-se Bi, e a Gonzalez conceda-se o mérito pela conquista de pelo menos metade da façanha.  

Em 1971 esteve no Sport sem fazer sucesso.

CONSELHO A RINALDO

Com sua insistência, convenceu o resistente meia armador Rinaldo a se deslocar para a ponta esquerda n equipe alvirrubra, sob a alegação de que sua característica era para aquela posição, e naquele momento não havia alguém melhor do que ele no Brasil, ali. Com a camisa 11 sua chegada à Seleção estaria garantida.

Dito e feito. Rinaldo, embora meio a contragosto, terminou aceitando o conselho do treinador, e logo teve seu passe comprado pelo Palmeiras.

Como Gonzalez previra, logo ele era i convocado. Quando seu nome foi anunciado, nem mesmo a torcida palmeirense sabia de quem se tratava, pois fazia poucos dias que estava no clube.

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A equipe que goleou a Inglaterra: em pé, Carlos Alberto, Roberto Dias, Joel, Rildo, Brito e Gylmar; agachados, Mário Américo (massagista), Julinho, Gerson, Pelé, Vavá e Rinaldo



Todavia, o pernambucano de Jurema, que adotou a cidade de Carpina, como sua segunda terra, “chegou chegando” à Canarinha, na qual havia outros dois pernambucanos, o centroavante Vavá, seu companheiro no Palmeiras, e o lateral esquerdo Rildo, do Botafogo. Estreou fazendo dois gols na Inglaterra num jogo da Taça das Nações (Brasil, Argentina, Portugal e Inglaterra), em 30/5/1964, vencido pelo Brasil por 5x1, no Pacaembu. Os outros gols foram de Pelé, Julinho e Roberto Dias.

Em 1966, depois de outras convocações, Rinaldo foi um dos 47 pré-convocados para a Copa da Inglaterra, mas não foi aproveitado.

A TRAJETÓRIA DE GONZALEZ

Em sua trajetória como jogador, iniciada em 1932, numa época em que os craques surgiam em profusão, Gonzalez defendeu estes clubes: Talleres, Lanus, Boca Juniors (2 vezes), na Argentina; Flamengo, Vasco (2 vezes), Botafogo e Palmeiras, no Brasil. Encerrou a carreira no alviverde paulista em 1943.

Gonzalez fez Rinaldo mudar de posição


Como treinador, além dos três clubes pernambucanos, dirigiu Internacional e Grêmio, no Rio Grande do Sul; Bangu (3 vezes), Fluminense, Volta Redonda e Madureira, no Rio de Janeiro; Guarani e Palmeiras, em São Paulo; Sampaio Corrêa, no Maranhão; Desportiva Ferroviária e Vitória, no Espírito Santo; e Athletico, no Paraná. Esteve uma vez em Portugal, treinando o Sporting, um dos três grandes do futebol luso.   

A equipe que goleou a Inglaterra: em pé, Carlos Alberto, Roberto Dias, Joel, Rildo, Brito e Gylmar; agachados, Mário Américo (massagista), Julinho, Gerson, Pelé, Vavá e Rinaldo

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