O milagre dos Aflitos



LUCÍDIO JOSÉ DE OLIVEIRA - colaborador

William Simões chora emocionado e Josa vibra após o jogo (Genival Paparazzi/cortesia)


 Memorável jogo, esse. Nós, a torcida do Náutico, não sabíamos direito o que era isso, sem o gosto de ter vivido acontecimento assim. Pelo contrário, o pavor da roda da fortuna girando sempre no sentido contrário.
A Batalha dos Aflitos e seus fantasmas.
A alegria do gol de Mirandinha em cima da hora no Arruda, em 1983, apagada pela cegueira de Marquezine não vendo a bola de Porto na cobrança dos pênaltis entrar.
O grotesco vexame do zagueiro Parreira aos 89 minutos da decisão de 93, no Arruda.
O gol de Ocimar que dava o título, mal anulado por Valdomiro Matias na Ilha em novembro de 1992.
Acontecimento assim a favor, jamais.
Um gol de Baiano em País, na Ilha no distante ano de 1985... Mas era uma decisão de turno apenas. Agora, não. Jogo de vida ou morte.
O acesso ou a permanência no inferno da Série C, com o castigo da DAZN, de comentaristas amadores, e todas suas outras mazelas.
Gramados esburacados, times de terceira...
Sai a Batalha do Aflitos, exorcizada de vez e para sempre, e entra para a história o Milagre dos Aflitos. Com seus heróis imortais, entre eles o goleiro Jefferson na cobrança dos pênaltis, e o camisa 10, Jean Carlos, o autor do gol na hora do milagre.


Comentários