Lucídio José de Oliveira - colaborador
Foto inédita do tempo da delicadeza (quando era costume os
jogadores mandarem flores aos adversários)
A Seleção Pernambucana
em novembro de 1941, pronta para enfrentar a da Bahia no Rio de Janeiro, no
campo da Laranjeiras. Quartas-de-finais do Campeonato Brasileiro de Seleções. A
Bahia ganharia o jogo por 2x1. Em que pese a distribuição fora dos padrões
usuais dos jogadores na fotografia, dá para identificar os craques.
Ao lado da
corbeille de flores, em pose característica, com as indefectíveis joelheiras, o
goleiro Vicente, alagoano, campeão no ano anterior pelo Santa Cruz. Com ajuda
de Givanildo Alves e do senhor Google, identificamos os demais: em pé, da
esquerda para a direita, o zagueiro Mulatinho (Sport), os atacantes Pinhegas (América)
e o mitológico e pequenino Tará (Santa Cruz), o outro zagueiro, Salvador
(Náutico), o atacante Ademir (Sport), o médio Pedrinho (América), e mais um
atacante, Djalma (Sport); agachados, ao lado de Vicente e da corbeille: Pelado
(médio do Santa Cruz), mais um atacante, Pirombá (Sport), e Furlan (médio,
também do Sport).
O time, muito criticado por sua escalação, tinha três
centerfowards: Tará, Ademir e Prirombá, dois pontas e nenhum meia de ligação. O
goleiro Vicente, no América, e os atacantes Djalma, no Vasco e no Bangu,
Ademir, no Vasco e no Fluminense, e Pinhegas, no Fluminense e no Santos, iriam
no correr dos anos seguintes, brilharem no futebol sulista. Pedrinho, depois de
ser campeão com o América (1944), seria campeão anos seguidos no Bahia. Vicente
retornaria a Pernambuco, para ser tricampeão com o Náutico (1950-51-52) e Tará
continuaria brilhando em nossos gramados, campeão e artilheiro no Náutico em
1945.
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