Futebol e Essa Coisa Toda



Por Lenivaldo Aragão, em 26/03/2020


COLETIVO SÓ NO CAMPO – Em Pernambuco, os três grandes, Náutico, Santa Cruz e Sport, procuraram negociar coletivamente com os jogadores uma diminuição salarial, tirando um quarto (25%) do ganho de cada um. Nada feito. A boleirada disse ao ex-craque Ramon, presidente do sindicato deles, intermediário nas negociações, que é melhor cada grupo tratar com seu respectivo clube. Para a turma da bola, coletivo só o treino, com a redonda, entro de campo. Ramon já disse que seja como for, está ao lado da sua turma.

Ramon

QUASE  CINQUENTÃO – Ainda é tempo de cumprimentar diretoria e torcida do Salgueiro pelo 48º aniversário de fundação do clube, segunda-feira, 23/03.  A iniciação na Série A 1 deu-se em 2006. Foi rebaixado. Voltou em 2008 após ter levantado a Série A 2 em 2007. Em 2011 disputou a Série B do Brasileiro, depois de inesquecível vitória sobre o Paysandu, em Belém, por 3 x 2, na batalha final pelo acesso. O Carcará tem estado nas mais variadas competições, como a Copa do Nordeste. Junto com os demais clubes está em quarentena, esperando a volta do Pernambucano 2020. Junto com o Santa Cruz já está classificado para as semifinais. Não precisará disputar as quartas.



MELHOR DO QUE NADA – Considerando os valores que povoam o mundo do futebol, uma ajuda de R$ 10 mil a Náutico, Sport e Santa Cruz não quer dizer muito, mas, neste tempo de bola parada, é um razoável auxílio para os outros times que disputam o Campeonato Pernambucano – Afogados, Central, Decisão, Petrolina, Retrô, Salgueiro e Vitória.

DESCAPITALIZAÇÃO – “Os jogadores de futebol e membros de comissão técnica precisam entender que os clubes vão estar mais pobres pós pandemia. Vários setores vão passar por um reajuste, possivelmente com algum desemprego, com redução de salários, mas que todos vão perder alguma coisa". Declaração do presidente Alexandre Campelo, do Vasco da Gama, numa entrevista, já prevenindo o espírito dos profissionais de seu time a respeito do que está para acontecer.

CADEIRA VAZIA – Sem nada para fazer, com seu tradicional uniforme de trabalho, a camisa ibiense, Mauro Shampu, “ex-jogador do Íbis, cabelereiro, HOMEM e artista”, foi visto na Conselheiro Aguiar, solidarizando-se com um lojista, cujo estabelecimento, na rua em frente, de onde tem seu salão, havia sido arrombado e roubado durante a madrugada. Geralmente alegre e extrovertido, Shampu era um poço de queixumes: “Se ninguém sentar na cadeira, não ganho dinheiro”, afirmava, a respeito da total ausência de clientes na Arena Shampu. Sua grande preocupação era com as contas, que vão começar a chegar.

Mauro Shampu



UM PASSO ATRÁS – É o que pensa o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em termos do futebol mundial, tendo em vista os prejuízos que estão sendo causados em todos os quadrantes do Planeta pelo coronavírus. Ele fala em possível enxugamento, com novos formatos e menos torneios.

EM FOCO – Fortunato Russo Sobrinho, o conhecido Nato, já brilhou no voleibol pernambucano, dentro e fora de campo. Torcedor do Sport, convive pacificamente com adversários de todas as cores, pois é desses que estão no mundo esportivo para fazer amigos. E conservá-los. Apesar do movimento na tradicional loja Fortunato Russo, na Rua do Rangel, sempre encontra um tempinho para um dedo de prosa com os que vão visítá-lo ou simplesmente passam por lá. Um deles era Amândio Fernandes, que, infelizmente, não está mais entre nós. O português, que tinha ali perto a Padaria Flor da Penha, foi dirigente do América e do Sport. Era tratado respeitosamente por Nato, como Seu Amândio. Toda quarta-feira almoçavam juntos e botavam conversa em dia. Embora tenha vivido intensamente o voleibol de Pernambuco, Nato é ligado a outros esportes, como o hóquei em patins.

Nato


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