Futebol e Essa Coisa Toda


Trio de Ferro, Mequinha etc.!

 LENIVALDO ARAGÃO,  28/03/2020


POÇO DE BONDADE – Depois de beneficiar cada clube DA Série A 1 pernambucana, com R$ 10 mil, a FPF expandiu sua generosidade para o Sindicato dos Árbitros ao qual fez idêntica doação. Taí, se há uma classe que sofre com a paralisação do futebol, é a dos juízes, que ganham por produção, ou seja, por jogo em que trabalham.

PARA TODOS – Chovem declarações de atletas, mostrando-se satisfeitos com o adiamento da Olimpíada 2020 para o próximo ano. Só assim poderão se preparar melhor. E os adversários também. Ou não?

TRIO DE QUÊ? – Essa denominação de “trio de ferro” com que é tratada a tríade formada por Náutico, Santa Cruz e Sport nada tem de original. Décadas atrás os paranaenses já denominavam assim a Athlético, Coritiba e Ferroviário. Este, em 1971, virou Colorado, e depois Paraná. Mas a expressão antiga é mantida.

MEQUINHA – Epígrafe dada ao América do Recife, também é importada. Apaixonado pelo América do Rio, quando o Diabo Rubro encarava os grandes cariocas, o jornalista José Trajano referia-se dessa maneira ao time de sua paixão. O América daqui chegou a trocar de cor, passando do verde para o vermelho, mas voltou às origens.

América do Recife em certa época


ALIÁS... – Nada estranhável em relação ao América, que se chamava João de Barros, e mudou de nome, depois de uma visita ao Recife, de Belfort Duarte, maranhense que dava as cartas no futebol do Rio, onde havia sido campeão pelo América.

EX-TRICOLOR – Antes de ‘amarelar’, o Ferroviário do Recife era tricolor. O nome era outro, Great Western. Sua camisa imitava a do Fluminense: três cores em listras verticais. A do Flu é branca, verde e grená; a do time recifense da ‘estação do trem’, branca, vermelha e verde. No Rio, o Madureira também é tricolor, dominado pelo azul, vermelho e amarelo.  
Great Western, hoje Ferroviário do Recife



SEM LIGA – O  Fluminense, clube da grã-finagem, está localizado nas Laranjeiras, Zona Sul da Cidade Maravilhosa. O Madureira é do distante subúrbio do qual herdou o nome. Para a mídia carioca, é o Tricolor Suburbano. 
Fluminense


Esta denominação chegou a ser direcionada, no Recife, ao Great Western, sediado em Ypiranga, na região de Afogados. Acontece que o outro tricolor, o poderoso Santa Cruz, também é do subúrbio, ou seja, do Arruda. Situação diferente daquela existente no Rio. Aqui não deu liga.

Madureira




LIDERANÇA – O Santa Cruz vai se impondo junto aos demais clubes da Série C, em virtude do poder de articulação que tem demonstrado. Graças a um movimento iniciado pelo presidente do Mais Querido, Constantino Filho, Tininho, a CBF está para dar uma aliviada financeira na situação daqueles clubes, fortemente abalada com a “gripezinha” que vem desmantelando o mundo, com seus horrores.

A VAIA – “No Maracanã vaia-se até minuto de silêncio, e, se quiserem acreditar, vaia-se até mulher nua.” (Nelson Rodrigues)

OROBÓ NO PICI – A pretensão do técnico Rogério Ceni de ter o pernambucano Tiago Orobó em seu elenco foi concretizada. O goleador sertanejo vai espalhar mais ainda o nome de sua cidade pelo Brasil, uma vez que está deixando um time da Série D, o América-RN, por um da Série A, o Fortaleza.

Tiago Orobó pulou da Série D para a A


FREADA BRUSCA – Esse tal corona vírus está mexendo em tudo. Por causa dele, a Mais Brasil Esportes, que organiza a Copa Truck e a Copa HB20, adiou, não se sabe para quando, a abertura da temporada 2020. Inicialmente, a largada seria nos dias 4 e 5 de abril, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina (PR). As nove etapas programadas estão mantidas. Campeão da Truck, no ano passado, o pernambucano Beto Monteiro, da Volkswagen, vai lutar pelo bicampeonato.

EM FOCO – Uma das formações do Náutico, campeão do Ano Santo, como 1950 foi proclamado pela Igreja Católica. Em pé, Manuel Lopes (dirigente), Palmeira (técnico), Sidinho, Lula, Azulão (eventualmente substituindo o titular Vicente), Jaminho,  Gilberto e Dico; agachados, Carmelo, Ivanildo, Amorim, Alcidésio e Zeca. Este era irmão de Mituca, China e Expedito, também jogadores.  O Náutico iniciava a conquista do seu primeiro tricampeonato – 1950/51/52 – sendo que em 52 foi campeão invicto. Em 1953 perdeu a hegemonia para o Sport, porém, recuperou-a em 1954.
Náutico 1950. Veja identificação no texto



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