Nesse contexto enquadrava-se
perfeitamente o jovem Teodoro de Jesus Germano, conhecido por Doro Germano.
Segundo o professor e historiador da cidade, Raimundo Araújo, no seu “Juazeiro
Anedótico”, o rapaz era muito querido e bastante badalado. Defendia, com
sucesso, as cores do Volante Atlético Clube.
Manuel Germano, o pai de
Doro, sentia-se orgulhoso pelos predicados do filho e por causa de seu
prestígio junto aos torcedores e aos cronistas esportivos. Estava sempre com o
radinho de pilha colado ao ouvido na hora das resenhas ou dos jogos, embora não
manjasse muito do chamado esporte bretão. Os elogios a Doro mexiam com seu
sentimento paterno. Aliás, nada lhe interessava, além dos comentários sobre o filho.
Na sua simplicidade de
matuto, Seu Mané, como era carinhosamente tratado pela população, certa vez
teve um susto, acompanhado de uma tremenda decepção. Ao ouvir a escalação do
Volante, antes de um jogo, benzeu-se várias vezes, não sem antes deixar escapar
a célebre frase “te esconjuro, peste.”
– Eu não sabia que meu fio
tava metido com gente tão desmantelada, de uma só vez – comentou.
O pai de Doro teve motivo
para se assustar, a julgar pela relação dos jogadores do Volante: Satanás; Pinga e Vermelho; Doro, Zé Moleque
e Cangaço; Pedro Bala, Zé Perigo, Zé Soldado, Geraldo Oião e Bagaceira.
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