ANÍBAL FREITAS NO BASQUETE ALVIRRUBRO

Foto do livro Basquetebol do Náuticoi-História e Estórias

Numa homenagem ao desportista Aníbal Freitas, recentemente falecido, o blog fez a junção de dois artigos por ele escritos para o livro “Basquetebol do Náutico-História e Estórias”, organizado pelos ex-basquetistas Gildo Benício e Luciano Azevedo e coordenado por Lenivaldo Aragão, lançado em 2008”

  “Iniciei-me no basquete alvirrubro em 1953, participando de um torneio interno infantil. Eram quatro equipes. Nos primeiros treinos no Náutico ocorreu um episódio que me marcou muito. No início de um treinamento, quando do aquecimento, na corrida em torno da quadra, um torcedor que assistia ao treino fez um comentário que veio a servir de estímulo para o meu futuro de jogador. “Acho que esse aí não vai dar para jogar”. O comentário me incentivou a dedicar um maior esforço para superar a falta de talento. Com muito treino e obstinação, consegui transpor as deficiências técnicas, para o que muito me ajudou o técnico Antonio Serrano.

Sempre fui um atleta com muita garra e, segundo contemporâneos meus, alcancei um bom nível técnico e apaguei completamente o comentário precipitado acima mencionado. Bom para mim, bom para o Náutico.

Joguei muito tempo, mas tive que parar por causa dos estudos e do trabalho. Jamais me beneficiei materialmente do basquete; ao contrário, gastei dinheiro em equipamento esportivo.

O fato de ter assumido a vice-presidência executiva do Náutico não me fez parar. A duplicidade dirigente-atleta não me alterou.

O que importa é que tudo foi pelo Náutico. Não tive filhos basquetistas, mas em compensação tive Ana Paula, campeoníssima de natação... pelo Náutico. E também Carlos Teodorico, igualmente nadador. Ambos foram campeões e recordistas em Pernambuco. Ana Paula foi detentora de um título de campeã brasileira.

Joguei basquete no Náutico durante 15 anos. Nesse longo período tive a oportunidade de jogar com três gerações de basquetistas. Inicialmente foi a de Brasil Geraldo, Deminha, Olavo e outros. A seguir veio a minha geração propriamente dita. A terceira foi a de Ricardo Jerônimo, Sílvio Cavalcanti, Alceu Valença, Hélio Menezes, Gustavo Lima, Paulinho Almeida e outros companheiros. Nesta última equipe, eu e Gilberto Nascimento éramos considerados veteranos.

No meu penúltimo ano como jogador, 1967, tive duas atividades no Náutico: a de atleta e a de vice-presidente executivo, isso aos 28 anos de idade. Encerrei minha carreira de basquetista em 1968, e na ocasião fui campeão pelo Náutico.

Devido ao meu desempenho como jogador de basquete do Náutico, atuei na Seleção Pernambucana e na Seleção Universitária. Portanto, viajei muito, mantendo contato com outros centros esportivos.

Ganhei títulos, medalhas e honrarias – sou Sócio Emérito e Benemérito do Náutico. Sobretudo, tive a satisfação e o orgulho de envergar a camiseta alvirrubra, de dar o melhor do meu basquete ao clube do meu coração. Experiência inesquecível.

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