NO RECIFE, ATÉ FREVO FOI FEITO PARA PELÉ

 

 

Pelé entrega flâmula ao zagueiro Alemão, do Sport (Arquivo do Blog)

 Mais uma ligação de Pelé com Pernambuco, além das várias vezes em que jogou aqui, do casamento com Assíria etc.  Numa das suas várias criações para o Carnaval, o compositor e folclorista Sebastião Lopes (Quem conheceu Sebastião / De paletó na mão e aquele seu chapéu – canta o notável Getúlio Cavalcanti ) tem o Rei do Futebol como tema.

Quando a Seleção Brasileira, depois de ter levantado seu terceiro título mundial, no México, em 1970, preparava-se para disputar a Copa de 1974, na Alemanha, houve uma verdadeira comoção nacional pela permanência de Pelé, que tinha anunciado seu propósito de deixar a Canarinha, o que terminou acontecendo.

O fato não passou despercebido pelo grande compositor pernambucano, que criou para um dos carnavais da época o frevo-canção Volta, Pelé. Na verdade, tratava-se de um dramático pedido para que o Rei disputasse mais um Mundial. Eis a letra:


“Milhões de brasileiros
Estão em aflição
Com
a saída de Pelé
De nossa seleção
O rei tricampeão
Promete que vai voltar
Volta, Pelé, volta, Pelé
Na sua Canarinha
Acabou-se aquele olé
Volta, Pelé, volta, Pelé
II
Oitenta milhões em ação
Esperando
o show de pé
Mostre que é tricampeão
Mostre que tem coração

Tá todo mundo sofrendo
Com essa nossa seleção
Obrigado, Pelé
Pelo tri mundial
Pra bem da Canarinha
Seleção nacional”





QUEM ME QUER

O maior craque de todos os tempos foi ainda citado noutra música carnavalesca composta por Mário Filho, radialista e pesquisador musical. No frevo-canção Quem me quer, Mário (nada a ver com o também pernambucano Mário Filho que dá nome ao Maracanã), um amante do futebol e torcedor do Santa Cruz, falava em esperar o seu amor no Quem me Quer.

 

Eram assim chamados dois trechos existentes no centro do Recife, em margens opostas do Rio Capibaribe, que se constituíam em dois conhecidos pontos de paquera.

Um localizava-se na Rua do Sol, entre as pontes Duarte Coelho e Boa Vista, à margem direita do rio. O outro, na Rua da Aurora, compreendia a frente do Cine São Luiz, no outro lado do “cão sem plumas”, indo até a Ponte da Boa Vista, que muitos conhecem como a Ponte de Ferro. Cantou Mário Filho na primeira estrofe de seu Quem me quer:

“Vou esperar o meu amor
No Quem me Quer
No Quem me Quer
Eu sou o rei Pelé”.


 

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