O portal Futebol Interior publicou esta matéria nesta quinta-feira (19) sobre a atual situação do futebol amapaense:
Guerreiros! Essa é a definição que deve ser atribuída para os atletas e
integrantes da comissão técnica do Santos-AP. Em meio ao apagão
no Amapá, que já dura 16 dias, o clube segue disputando a Série D do Campeonato
Brasileiro e teve que se adaptar para se manter com chances de
classificação.
A maioria dos atletas do clube é de outros estados
e mora no CT do Santos. Durante os primeiros dias do apagão, muitos ficaram sem
comunicação com suas famílias e alguns decidiram sair do clube. Além disso, com
o forte calor e sem energia elétrica, os jogadores dormem pouco, o que afeta na
preparação para os jogos.
SUPERAÇÃO
Luciano Marba, atacante e presidente do clube, autor dos três gols da
partida contra o Sinop, comentou nesta quinta-feira, em entrevista ao Portal
Futebol Interior, sobre a situação do elenco e o atual cenário no Amapá.
"Está sendo muito dífícil, por várias razões, não só pelo apagão,
estamos na bandeira vermelha aqui no estado do Amapá, devido ao
coronavírus."
Já é difícil jogar sem torcida e é muito difícil fazer futebol no estado
do Amapá, por conta de todas as dificuldades que assolam, não só na capital,
mas como em todos os 16 municípios, que estão hoje sem energia", comentou o
presidente.
Marba ainda falou sobre a falta de investimento no futebol do estado e
na superação do elenco para apresentar um bom futebol na competição nacional.
"E o nosso futebol também é assim. Sem patrocínio, o governo não
ajuda, a prefeitura não ajuda e mesmo assim estamos superando todas as
dificuldades para podermos entrar em campo. Graças a Deus fomos abençoados e
Deus pode me abençoar contra o Sinop, superando todas as adversidades e
ganhamos o jogo. Espero que logo tudo possa melhorar, que tudo volte ao normal
e que a gente conquiste nosso objetivo, que é a classificação", disse o
jogador/presidente do Santos-AP.
ADAPTAÇÕES
Sem energia elétrica, quando é o mandante, o Santos está jogando no
período da tarde, em horário modificado, para conseguir voltar ao Centro de
Treinamentos ainda com luz. Foi o caso da última terça-feira, quando a equipe
venceu o Sinop-MT, por 3 a 0. Ao final da partida, o elenco deixou o estádio às
pressas.
Jogadores treinam para valer, apesar de tudo (Reprodução) |
"Está uma coisa de louco, estamos sobrevivendo. O mais difícil agora tem sido o descanso dos atletas. É um cansaço físico e mental. Antes do jogo, os atletas não dormiram bem, mas foram para o jogo. Estão acontecendo muitas manifestações, e nosso CT fica numa rodovia. A gente ficou uma hora no trânsito", comentou Willian Matos, diretor do Santos-AP.
DIFICULDADES
Com o apagão, o Santos chegou a perder 70% do alimento que estava
estocado no clube. Em tempos normais, a diretoria fazia as compras de forma
quinzenal, mas com o apagão e o racionamento de energia, as compras tiveram de
ser diárias e com valores muito maiores.
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