Lucídio José de Oliveira, médico e memorialista do futebol
(Foto: arquivo de Lucídio José de Oliveira)
Mais um time do Náutico do passado. Foto histórica, mas nada de pessoal desta vez. É ela de fevereiro de 1943, eu tinha na época 11 anos, era um menino sonhador, de calças curtas.
E estava longe do flagrante.
A cidade é Maceió, capital de Alagoas. O local da foto é uma calçada de rua em
frente ao hotel ou pensão, os jogadores reunidos, depois do almoço, prontos,
rigorosamente uniformizados, para o jogo de logo mais contra o CRB. Coisa
inusitada: um time de profissionais do futebol, posando para a posteridade no
meio da rua!
Faz-me lembrar as aventuras
do meu tempo de peladeiro, recém-formado, nos fins dos anos 50. Dois três jeeps
saindo de Bonito uma hora antes, os jogadores de um “pega na rua” uniformizados,
de calção, camisa e chuteiras, para o amistoso numa cidade vizinha. Teve uma
vez que um dos jeeps, por mim dirigido, entrou em campo e só parou no círculo
central, a turma descendo, o dedo em riste para o “hiper hurra!” tradicional...
Bons tempos.
Na foto, o time do Náutico
está pronto, em Maceió, para a estreia do trio atacante formado por Tará e seus
irmãos. Orlando já estava nos Aflitos. Isaac e o próprio Tará estreavam naquele
dia. Impensável, hoje em dia. Jogador famoso, como Orlando Pingo de Ouro, de
memoráveis fotos coloridas no Maracanã, pouco tempo depois, em foto tão
bizarra. Na companhia do goleiro Vicente, de Tará, de Mário Ramos, Plínio, Salvador,
Celso, as estrelas da época.
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