COELHINHO, MARROM E O MONTINHO

 



 

Num jogo do Central contra o América pelo Campeonato Pernambucano, o árbitro era Elias Coelho, que hoje dirige o setor de futebol feminino da Federação Pernambucana de Futebol. Carlos Alberto Marrom, autor do gol, de pênalti, que levou a Patativa à vitória por 1 x 0, andou dizendo que Coelhinho, como o ex-juiz de futebol ainda hoje é chamado pelos amigos, estava querendo sua desgraça. Tinha havido uma ligeira pendenga na hora da cobrança entre jogador e árbitro.

– Ele disse “tomara que chute pra fora”, na hora em que eu ia cobrar o pênalti” – queixou-se o atleta alvinegro.

– Se fosse torcer pra ele errar, não precisava nem marcar o pênalti – replicou Elias Coelho, que deu esta explicação:

– Marrom fez o tradicional montinho e eu desmanchei, dizendo-lhe que se errasse, iriam culpar o juiz por ter permitido o tal montinho.

Elias Coelho não bronqueou apenas com Carlos Alberto Marrom.

– Também fui ao goleiro do América e expliquei que ficasse debaixo do travessão, pois se saísse antes do chute e se fizesse uma defesa eu mandaria repetir o lance.

Com isso não faltou no América quem achasse que o árbitro tinha deixado o goleiro inibido.

Elias Coelho só fez determinar o cumprimento da regra. Mas vida de juiz de futebol é assim mesmo. Com ou sem razão, ele sempre está sendo crucificado pelo que apita ou deixa de apitar.

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