Colaboração de AMAURY VELOSO
Certa
vez, o Sport foi jogar duas partidas na capital alencarina. Tinha um
lateral-esquerdo chamado Altair. Jogava muito, mas por causa dele deixei de
trazer Marinho Chagas, com 17 anos. Para os mentores leoninos Altair era um
craque e perdemos Marinho que jogava no ABC e cheguei a conversar com ele em
Natal. Ele com aquele jeito de meninão dizia:
– Para jogar
no Sport vou logo.
Tive
ajuda do saudoso dirigente do Alecrim Joilson Santana, que me apresentou ao
atleta, que eu já tinha visto jogar um bolão no antigo Estádio Juvenal
Lamartine. E Altair era destes jogadores malandros, gostava de brincar e soltar
piada.
O Sport
havia contratado junto ao América de nosso Estado o volante Dandô, portador de
uma 'instalação trocada'. Chutava forte e jogava bem. Em Fortaleza neste dia,
Dandô se arrumava para fazer umas compras no centro da Terra de Iracema. Quem
era seu companheiro: Altair.
No
apartamento, Dandô tirou do bolso alguns pacotes de dinheiro e sacudiu sobra a
cama. Colocou no bolso, numa carteira e saiu com Altair. Passaram mais de 3
horas fora do hotel. Quando chegaram, Altair estava gozando com Dandô, que estava
liso. Gastou o dinheiro que havia recebido de ‘luvas’ e ficou sem nada. Era
tanto pacote que quase não cabia no táxi. E Altair perturbando:
– “Quede”
o dinheiro Dandô?
O volante
respondia:
– Você não
disse que era melhor eu fazer compras e não levar o dinheiro para o Recife?
Só que
nas compras, Altair recebeu duas camisas e um sapato, tudo por conta de Dandô.
Os dois já estão com Deus a exemplo de Marinho Chagas. E também o ex-dirigente
do Alecrim.
No avião,
de volta, Altair perguntava pelo dinheiro a Dandô. E a turma levava em gozação.
Dandô
chegou ao aeroporto e quem pagou o táxi para ele chegar em casa foi o volante
Válter. Altair saiu correndo, pegou um carro e desapareceu. Mui amigo...
Republicado no meu Blog
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