FUTEBOL & ESSA COISA TODA-Lenivaldo Aragão

UMA PEINHA DE NADA!

O velho jargão pernambucano, há muitas décadas esquecido, voltou a valer e esquentou a decisão do Estadual, depois do empate por 1 x 1 no primeiro jogo. Quem achava que com a chegada do VAR as discussões estariam encerradas, errou na sua previsão. O Náutico, que jogou melhor, deixou de estrear nas finais, com vitória, por causa da tal “peinha de nada”. O bandeirinha acertou na marcação do impedimento, quase invisível a olho nu, no que seria o segundo gol alvirrubro, e o VAR confirmou. Mas a polêmica permanece, pois tem muita gente mandando a tecnologia às favas.




SANTO DE CASA

Depois daquele pênalti bobo que significou sua saída do time do Sport, na chegada do técnico Jair Ventura, o goleiro Mailson passou a ser execrado por muito torcedor do Leão, que não acreditava no seu potencial. Domingo passado, com uma porção de defesas monumentais, diante da volúpia ofensiva do Náutico, o santo de casa fez milagre. Não fosse ele... Sei não!


Mailson


 TIMBUZETES

O Náutico estreou no fim de semana no Campeonato Brasileiro da Série A2 perdendo em casa para a UDA-AL por 3 x 0. Domingo que vem (23), as timbuzetes, atuais campeãs de Pernambuco, recebem o Botafogo-PB, nos Aflitos. O Belo goleou o Santos Dumont-SE, por 6 x 1, em João Pessoa. Pernambucanas e paraibanas estão no Grupo C, que além dos quatro clubes já citados, abriga Ceará e América-RN.

LEOAS

No debut do Sport no mesmo campeonato, o placar também foi 3 x 0, mas em favor do time pernambucano. As leoas atuaram como anfitriãs e venceram o Atlético-GO. Domingo visitarão o Bragantino, em Jarinu-SP. A exemplo das paraibanas, adversárias do Náutico, as meninas de Bragança Paulista tiveram uma estreia espantosa. Receberam o Criciúma-SC e foram pouco ‘gentis’ com as visitantes, goleando-as por 7 x 0. O grupo, o D, tem ainda Fluminense e Vila Nova-GO.

VOLTOU PARA FICAR

Sem poder usar o Gigante do Agreste, inicialmente vetado, e levando seus jogos para Caruaru, o Sete de Setembro saltava aos olhos do torcedor pernambucano, como uma entre tantas nuvens passageiras no Estadual. Todavia, o Lobo-guará preparou o bote, e na hora fatal marcou sua permanência para 2022. É uma pena que não haja mais competição para ele no restante do ano, mas é importante que a cidade de Garanhuns, que voltou a ser representada no Campeonato Pernambucano, não falte com o necessário apoio ao time da casa.  

A REAÇÃO DO RETRÔ

Outro que juntamente com o Sete se segurou no Quadrangular da Permanência, foi o Retrô. A equipe sediada em Aldeia, Camaragibe, chegou a titubear em meio à campanha, criando uma dúvida sobre seu futuro. Mas deu a volta por cima e evitou a queda.

OS DOIS LADOS DA MOEDA

No campeonato que se encerrará domingo que vem, o técnico Pedro Manta comeu da banda podre, para usar uma expressão popular, comandando o Central, pelo qual foi dispensado após 33 dias de trabalho. Contratado imediatamente pelo Sete de Setembro, além da vitória histórica diante do Santa Cruz, no Arruda, Manta classificou o alviverde garanhuense para o certame do próximo ano. Já o Central...

Pedro Manta (Foto o Gol)



A ILUSÃO DO NORDESTE

Quando entrou no Campeonato Pernambucano, em 1961, o Central estava fadado a tornar-se o Santos do Nordeste. Pelo menos era este o pensamento do desportista Gercino Tabosa, o poderoso gerente do Banco do Povo, uma espécie de ministro sem pasta da Patativa. Ele sonhava em ver o Alvinegro rompendo o bloqueio dos grandes da Capital, como acontecera com outro alvinegro, o Santos, no futebol paulista. Se vivo fosse, certamente o antigo presidente da LDC, a Liga Desportiva Caruaruense, o homem forte do futebol da antiga Terra dos Avelozes estaria decepcionado com o terceiro rebaixamento centralista – era a expressão que no seu tempo definia o adepto do Central – no Campeonato Pernambucano.

Gercino Tabosa entrega ao zagueiro Jucélio, troféu de melhor da posição em 1965 (Foto:internet)


JUNTAR OS CACOS

A hora é esta para os diretores e torcedores do Central. Num dos rebaixamentos do time caruaruense, assisti ao jogo que marcou a sua volta à Série A1. Foi no Estádio Antônio Inácio de Souza, o velho campo do Vera Cruz. Estava de folga, mas acompanhei a galera festejando na Rua Preta, indo a pé até a Rua da Matriz e dali para a Churrascaria Asa Branca, localizada na parte externa do Lacerdão. Como repórter está de folga até o momento que um fato ocorre diante de seus olhos, terminei fazendo uma movimentada reportagem para o Jornal do Commercio.

MILSON X MILSON

Após um tempão sem que nos víssemos, encontrei numa padaria, em Boa Viagem, o primo Misso, na realidade Milson. Somos primos em terceiro grau de outro Milson, este Edmilson. Trata-se de um próspero empresário na nossa cidade, Santa Cruz do Capibaribe, no ramo de tinta industrial, dono da moderna empresa Quimilson. Exerceu anos atrás a presidência do Ypiranga. Vez por outra ouviam-se críticas pelo rádio assacadas contra a diretoria da Máquina de Costura feita por Milson. Alguém procurou certa vez o Milson cartola, mostrando sua estranheza: “Como é que pode o presidente do clube criticar sua diretoria pelo rádio?” O mandachuva do Ypiranga assustou-se: “Epa, eu mesmo não”. Depois de uma averiguação quase policial, a ‘vítima’ descobriu o mistério e fez um apelo, ao parente, que foi seguido à risca: “Criticar a diretoria pode, mas diga seu nome completo. Com esse negócio de Milson me complica.”  

Comentários