Apelidos e nomes curiosos de jogadores - C

 DE CAIÇARA A CURIMBA


 

Náutico em 1956: Caiçara, Cavani, Lula, Nicolau, Nenzinho e Gilberto; agachados, Zezinho Caixão, Benitez, Ivson, Jorginho e Paulinho (Foto: arquivo do Blog)

 

Abordamos alguns jogadores que militaram no futebol pernambucano, cujo apelido começa com a letra C. Nem todos constam da relação. Como se trata de um longo rodízio, outras abordagens são feitas. Há vagas para todos. Portanto, haverá futuras odadas com novas alcunhas iniciando-se pelo C. O ano citado em cada registro, geralmente refere-se à data em que o atleta começou sua trajetória em determinada equipe ou obteve um título. Funciona apenas como referência. Apreciemos o que foi selecionado para esta edição:

 

CAIÇARA: Francisco Barbosa Gomes nasceu e morreu no Recife – 1933/2013. Começou a aparecer no Íbis, em 1950, e no ano seguinte era contratado pelo Náutico. Nos Aflitos, durante quase 10 anos, jogando de lateral direito, formou a célebre zaga Caiçara e Lula. Este veio do Tacaruna, time da antiga fábrica de estopas Tacaruna, situada no bairro do mesmo nome, no limite Recife-Olinda, cujo prédio ainda existe. Os dois também foram titulares da equipe pernambucana no antigo Campeonato Brasileiro de Seleções. Pelo Alvirrubro, Caiçara, também chamado de Chico, na intimidade, foi campeão pernambucano em 1951/52/54. Em 1959 atravessou o Atlântico para defender o Vitória de Guimarães, de Portugal. Ao descalçar as chuteiras abraçou a carreira de técnico.

Em Pernambuco dirigiu o Santa Cruz e o América, tendo comandado também o Botafogo-PB e o ABC-RN. Mas é no Ceará que seu nome ainda hoje é lembrado com muito entusiasmo, como treinador. Lá foi campeão em 1969 e 1973 pelo Fortaleza, e em 1975/76, 1980/81 e 1986 pelo Ceará. Vestiu a camisa do Náutico 260 vezes.

Detentor de um forte chute, emérito cobrador de tiros livres, era uma das atrações do Torneio-Início, quando as partidas classificatórias, de apenas 20 minutos, terminavam empatadas. O jogo era decidido nos pênaltis, cobrados por apenas um jogador de cada clube. Na primeira série de cinco, o cobrador do Náutico, por exemplo, batia seguidamente os cinco a que tinha direito, após o que seu adversário entrava em ação. Se o empate permanecesse, o revezamento entre os mesmos jogadores continuava, cada qual fazendo uma cobrança, até que houvesse a decisão. A torcida vibrava, principalmente quando Caiçara encarava o ponta-esquerda Eliezer, do Sport, outro excelente batedor dos tradicionais tiros livres desferidos da marca do pênalti.   

Mais apelidos na letra C

CAIO: meia do Ferroviário (1953) e do Auto Esporte (1956)

CABINHO: meia direita, Íbis, 1959

CABOCLO: médio volante do Íris, de 1930 e 1936.

CABOCLO: ponta direita do Santa Cruz em 1960

CACHORRINHO: ponta-direita do Santa Cruz, de 1934 a 1937, quando foi contratado pelo Tramways. Na época, o time da empresa dos bondes e da luz elétrica foi bicampeão invicto em 1936/37, portanto, sem sofrer uma derrota nos dois campeonatos. Aqui, Cachorrinho na equipe: Zé Miguel; Domingos e Ernesto; Popó, Furlan e Faustino; Cachorrinho, Omar, Sopinha, Chinês e Olívio. Vitória sobre o Flamengo pernambucano em 21/4/1937 por 7 x 1, gols de Sopinha (3), Olívio (2) e Cachorrinho (2)-T;  Ayrton-F. Cachorrinho, um assíduo frequentador dos programas de auditório da PRA-8, a Rádio Clube de Pernambuco, também vestiu a camisa do Torre.

CAÉ: lateral esquerdo do Great Western, 1932

CAÉ: ponta-esquerda do Vera Cruz de Caruaru nos anos 50.

CALICO: centromédio trazido em 1954 pelo Santa Cruz, do Rio de Janeiro, onde defendia o Vasco da Gama. Como contrapeso na negociação veio o também centromédio Aldemar, que se tornou um dos maiores ídolos da torcida tricolor em todos os tempos.

CAMPINENSE: meia direita do Santa Cruz, egresso de Campina Grande-PB. Foi o artilheiro do Campeonato Pernambucano de 1962, levantado pelo Sport, com 19 gols. Logo ele estava mostrando seu faro de gol em Portugal.

CANITINHO: meia do Flamengo/PE - 1932

CAPUCO: centromédio do América, de 1940 a 1942. Participou da célebre Embaixada Suicida, com o Santa Cruz, em 1943. Capuco estava na equipe do América em 18/2/1945, quando o Alviverde sagrou-se campeão pernambucano pela última vez – o título em disputa era o de 1944 – com uma vitória sobre o Náutico por 3 x 0, na Ilha do Retiro, gols de Oséas, Zezinho e Valdeque. A equipe campeã: Leça; Deusdedith e Lucas; Pedrinho, Capuco e Astrogildo; Zezinho, Julinho, Valdeque, Edgar e Oséas. Juiz, Belgrano dos Ssntos, do Rio de Janeiro.

Capuco no time do América em 1944 (Foto: Blog do Mequinha)


CARAPANÃ: meia de ligação contratado pelo Santa Cruz, no Pará, em 1943, quando da excursão ao Norte do Brasil em plena Segunda Guerra Mundial, levando a delegação a ser chamada de Embaixada Suicida.

CARCARÁ: zagueiro central do Auto Esporte em 1952

CARETA: volante, Flamengo-PE /1944

CARIJÓ: goleiro vindo de Alagoas. Defendeu o Sport, de 1953 a 1958 e, em seguida, o América. Era pai dos também goleiros Carijó e Washington. Este   defendeu o Náutico, tendo passado depois a ser treinador de goleiros

CARLITO: ponta-esquerda do Íbis-1947

CAROÁ: lateral direito do Sport /1954 e do Íbis /

1959

CARREIRO: centroavante, Tramways /1934

CASTANHEIRAS: volante do América em 1939

CAUZÉ: meia de ligação do Torre /1934

CAZUZA: goleiro do Sport /1956 e do Náutico / 1957-58. No supercampeonato de 1957 era o titular do Timbu.

CHARUTO: ponta-esquerda, Santa Cruz / 1951

CEARENSE ponta-esquerda, América / 1948

CEBINHA: ponta-direita do América em 1958. Procedente do Central de Caruaru.

CÉLIO ARARAQUARA: zagueiro central, campeão pelo Náutico em 1945.

CELU: meia direita, Náutico /1958

CIDO: sergipano, zagueiro do América / 1948/50, e do Sport, 1959, depois de defender o Flamengo.

CINEMA: meia de ligação do Centro Esportivo Pernambucano /1926

CHICALTINO: zagueiro central, Sport / 1926

CHININHA: meia de ligação, paraense, campeão pelo Sport em1961

COLETE: meia de ligação, Santa Cruz/1961

CURIMBA: volante do Torre, 1928

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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