Um empate para ficar na história

 

Como nos velhos tempos, o Náutico resistiu no Mineirão (Foto: Fernando Moreno/AGIF)


O Cruzeiro pressionou o Náutico o tempo todo, principalmente na segunda fase. Os 60.700 torcedores que proporcionaram a fabulosa renda de R$ 1.347.180, 00, no festivo e lotado Mineirão, viram o time estrelado dominar o jogo e desperdiçar algumas oportunidades. Porém, ao mesmo tempo teve suas pretensões barradas pela defesa alvirrubra, com destaque para o goleiro Anderson, para mim, o melhor do jogo. Quando pôde respirar, o Náutico pressionou e chegou a perigar, como no fim do primeiro tempo, com o lateral Thassio, que atuou como atacante, quase balançando a rede.

Nesta quinta-feira 25/11/2021, os torcedores mais antigos do Timbu, que ainda estão aí para contar a história, devem ter percorrido o túnel do tempo e recordado os épicos duelos de seu time nos anos 60, na antiga Taça Brasil, com o Cruzeiro de Raul, Piazza, Tostão. Dirceu Lopes e companhia, no mesmo Mineirão. O Náutico, por outro lado, tinha Lula Monstrinho, o clássico Gena, os combativos Mauro e Fraga, um meio-campo de alta categoria formado por Salomão e Ivan, bem como um ataque, no qual Miruca, Bita e Lala.

Este 0 x 0 foi sofrido, mas valeu como uma vitória do Náutico. Sem poder contar com Camutanga, Jean Carlos, Vinicius, já fora do clube, e Caio Dantas, o técnico Hélio dos Anjos mandou campo: Anderson;
Hereda (Vinicius Vargas), Carlão, Rafael Ribeiro e Júnior Tavares; Djavan, Matheus Trindade (Guilherme Nunes) e Juninho Carpina (Luiz Henrique); Thássio, Álvaro (Paiva) e Murillo (Giovanny).

O jargão já não é mais usado, mas o 0 x 0 dos alvirrubros no encerramento de sua campanha em 2021, da forma que foi obtido, pode ser classificado de despedida honrosa.

O Náutico terminou sua participação na Série B 2021 em oitavo lugar, com 53 pontos; o Cruzeiro ficou em 11º, com 48.

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