Cartola de Alagoas leva Justiça a suspender eleição na CBF

 

Gustavo Feijó (Reprodução Folha de Alagoas)


 Por determinação do juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, da 1ª Vara Cível de Maceió, está suspensa a eleição da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Marcado para esta quarta-feira, tendo como candidato único à presidência, o contador baiano Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol, presidente interino da entidade nacional em substituição a Rogério Caboclo, afastado pela Justiça, sob a alegação de corrupção.   

De acordo com o despacho da autoridade alagoana, devem ser anuladas deliberações da assembleia geral extraordinária datada de 23/03/2017, bem como a eleição ocorrida em 17/04/2018, ficando, ainda, impedida de afastar o autor da ação, Gustavo Dantas Feijó, do cargo de vice-presidente da CBF até ulterior determinação.

 

Feijó, ex-prefeito de Boca da Mata-AL, é ex-presidente da FAF (Federação Alagoana de Futebol), cuja presidência é atualmente exercida por seu filho Felipe Feijó.

Caso a decisão judicial não seja cumprida, a CBF terá que pagar multa diária de R$ 50 mil, que podem subir para R$ 1 milhão, se houver descumprimento, inclusive com responsabilidade pessoal de Ednaldo Rodrigues, além de R$ 100 mil para cada um dos membros da comissão eleitoral da CBF: Fernando Barbalho Martins, Pedro Freitas Teixeira e André Luiz Faria Miranda. Ainda não houve decisão sobre esse pedido.

 

A alegação de Feijó é a de que que teve seu direito como vice-presidente atingido ao não ter sido ouvido em acordo com o Ministério Público. E sustenta que a convocação da eleição sem a participação dos clubes de futebol feminino é contrária à lei. Os mesmos pedidos já haviam sido negados em outras ações ingressadas no Tribunal de Justiça do Rio.

Sobre o imbróglio, diz o jornal FOLHA DE ALAGOAS: “Inconformado com a perda de um ano de mandato como vice, com a anulação do pleito que elegeu Rogério Caboclo em 2018, Feijó tentar reverter a situação e, para isso, tem usado de sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, de quem se diz amigo íntimo.

Na sexta, por exemplo, o ex-vice da CBF recebeu no bar de um hotel da Barra da Tijuca um emissário de Arthur Lira para discutir os próximos passos que pretende dar na Justiça comum.

Ele desdenha assim do risco de sofrer uma punição severa da Fifa, que costuma punir com rigor entidades, clubes e dirigentes que tratam de pendências internas fora da justiça esportiva.

A investida de Feijó desagradou pelo menos três presidentes das seis federações que, hoje, estariam apoiando sua candidatura à CBF”.

 

 

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