Quando a camisa pesa
O Náutico segurou o Retrô e levantou a taça (Foto: reprodução UOl-Esporte) |
O jargão de que camisa não ganha jogo percorre os quatro cantos do mundo, porém nem sempre corresponde à realidade. O peso da mais do que centenária camisa do Náutico foi importante na vitória alvirrubra sobre o Retrô, neste sábado 30 de abril, quando o Timbu se sagrou campeão pernambucano pela vigésima quarta vez.
Diante da necessidade de
ganhar o jogo, o time comandado por Roberto Fernandes lançou-se logo ao ataque
e passou a dominar a partida. O adversário, que havia vencido a primeira
batalha final por 1 x 0 e só precisava empatar, tratou de se plantar na
retaguarda, tentando surpreender a equipe visitante – a Arena de Pernambuco é a
casa do Retrô – através de lançamentos longos, com o objetivo de usar a
velocidade de seus atacantes para penetrar na área perigosamente. Não deu
certo, porque a defensiva do time dos Aflitos estava vigilante.
Até que aos 22 minutos de jogo
surgiu a expulsão de Jean Carlos, alma e pulmão da equipe alvirrubra. Sua exclusão
da partida foi feita de forma incontestável e indiscutível. Jean Carlos,
certamente nervoso por causa da marcação severa que lhe era feita a partir do
jogo nos Aflitos atingiu um adversário com uma cotovelada proposital, levando a
árbitra Deborah Cecília a mostrar-lhe o cartão vermelho após uma demorada
consulta ao VAR. Impensadamente, o craque alvirrubro ainda partiu para cima de
Deborah em atitude agressiva. Não necessariamente por se tratar de uma mulher,
pois a impressão que ficou é a de que ele teria a mesma reação estivesse ali um
homem. Foi contido por companheiros de time e por adversários.
Dali até o fim, o Náutico
jogou com um homem a menos, situação da qual o Retrô não conseguiu tirar
proveito. Os companheiros de Lucas Perri continuaram se impondo no jogo, o que
aconteceu de forma mais acentuada após o pênalti que levou Pedro Vitor a
assinalar o gol que definiu o jogo e provocou a decisão por pênaltis ganha pelo
Náutico.
Em nenhum momento os agora
bicampeões pernambucanos deixaram se levar pelo desânimo. Souberam honrar a
camisa que vestem, conseguindo superar heroicamente a ausência de Jean Carlos e
levando a equipe alvirrubra a contornar uma situação que a muitos parecia perdida.
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