AMAURI E WASSIL

Dois antigos craques da Cobra Coral

 



Os dois muito alegraram o torcedor do Santa Cruz tempos atrás. Amauri, um notável meia armador, veio de Bezerros, cidade do Agreste pernambucano, para defender o Santa Cruz, juntamente com o irmão Toinho, centroavante. Além da camisa tricolor, o pacato e clássico  Amauri só vestiu a da Seleção Pernambucana.

Educadíssimo dentro e fora de campo, deixou de ganhar o Prêmio Belfort Duarte, destinado aos jogadores que passassem 10 anos ou 200 jogos seguidos sem uma expulsão. Num jogo entre Santa Cruz e Tramways, ao sofrer uma contusão, foi “socorrido” pelo malvado Guaberinha, saído do Santa e que enfrentava o time do Arruda pela primeira vez. Ao aproximar-se do ex-companheiro de equipe, Guaberinha fez que iria examinar seu pé lesionado, mas subitamente arrancou um esparadrapo que protegia um ferimento que o meia do Santinha sofrera na testa. Com a dor, Amauri levantou-se celeremente e deu um soco no farsante. Formou-se uma confusão e o meia da Cobra Coral sofreu sua primeira e única expulsão, o que manchou sua reputação de jogador cem por cento disciplinado.

Ao deixar de jogar assumiu o posto de assistente-técnico. Nessa missão quebrou o galho várias vezes, depois de saída de um treinador, enquanto seu substituto não vinha. Ainda era ligado ao Santa quando morreu, acometido de um mal súbito, em casa.

Wassil era um meia-atacante que tinha defendido o Bangu e o Bahia, e que brilhou na equipe do Arruda. Saiu de Pernambuco para jogar em Alagoas, onde encerrou a carreira. Virou comentarista após descalçar as chuteiras. Faleceu na Terra dos Marechais, de câncer.

Uma formação do Santa Cruz com a dupla: Barbosa; Palito e Lucas; Zequinha, Job e Edinho; Jorge de Castro, Wassil, luiz Marine, Amauri e Zeca.

Jogo contra o Sport em 11-12-1955, com vitória tricolor por 3 x 0, nos Aflitos, gols de Jorge de Castro (2) e Wassil.

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