O Capibaribe invade o Atlântico

 


Aí está um quarteto nascido à margem esquerda do Capibaribe, em Santa Cruz do Capibaribe, a terceira cidade do Agreste de Pernambuco, distante 190 quilômetros do Recife. Eu estou com três membros da família Aragão, logicamente meus parentes, que vivem fora da terra natal pelas circunstâncias naturais da vida. Sou o segundo a partir da esquerda e estou entre os irmãos Moacir, Maurício e Murilo, em plena praia de Boa Viagem, levando os bons fluidos trazidos do Médio Capibaribe para abrandar a agitação das águas do Atlântico. Maurício, que exerce a profissão de médico, veio de Brasília, intimado por amigos, entre os quais, o conceituado Cláudio Lacerda. pra a solenidade do 40º aniversário de formação da turma de medicina, na qual está inserido.

Amante do futebol, Pé Limpo, como é conhecido pelos contemporâneos da cidade natal, acompanha atenciosamente as atividades do time de sua paixão, o Sport. Graças à TV não perde um jogo. Há outro rubro-negro na ‘irmandade’, que é Murilo. Já Moacir torce pelo Náutico. Com o quarteto sorvendo aquela cerva geladinha, na areia atlântica, o futebol dominou o papo. Lamentações gerais sobre a decadência do futebol pernambucano. “Pernambuco ocupava o primeiro lugar no Nordeste, hoje está em terceiro, e olhe lá”, comentou o doutor Maurício, lembrando a necessidade de uma reação urgente dos dirigentes para recuperar o antigo prestígio.

Comentários