GOLEADA

Náutico massacrado e um goleiro entregue às feras


(Foto: reprodução Globo Esporte)

O radialista Antônio Menezes, já falecido, em algumas nuances da vida com a frase “mudam as pessoas, mas a situação é a mesma”. Eu brincava com meu contemporâneo na velha PRA 8, a tradicional Rádio Clube de Pernambuco, também colega de pensão e amigo vida afora, chamando-o de filósofo de mesa de bar. Entre um gole e outro de chope, o narrador paraibano ria moderadamente. Este prólogo vem a respeito de uma circunstância que o goleiro Bruno, do Náutico, passou a viver. Com a saída de Lucas Perri, a maior vítima dos desacertos do Timbu na Série B do Brasileiro, Bruno assumiu o posto de titular. O sofrimento agora é dele.

Os quatro gols sofridos na goleada por 4 x 0 sofrida pelo Náutico para o Cruzeiro, na noite desta sexta-feira (27)  escondem algumas boas e importantes defesas realizadas pelo paulista de 28 anos, como seu antecessor, revelado pelo São Paulo.   

Foi a bola começar a rolar para a torcida do Náutico ter uma ideia do que estava para acontecer no Estádio Independência, em Belo Horizonte. No duelo entre o Cruzeiro, líder e melhor equipe da Série B, e o lanterna Náutico, não se esperava outro resultado que não fosse a vitória da Raposa. A pancada não foi mais dolorosa porque o VAR anulou o que teria sido o primeiro gol cruzeirense.

O que se via desde o início era a facilidade com que o veloz time cruzeirense chegava à área do Náutico, que se defendia desesperadamente, mas logo tinha que voltar a combater o ‘inimigo’. O Timbu era facilmente envolvido pelas tramas da Raposa, infinitamente superior. Basta lembrar que o primeiro chute a gol da equipe pernambucana só saiu aos 36 minutos de jogo.

A estratégia do estreante treinador Dado Cavalcanti era fazer com que seu time segurasse a Raposa e tentasse o contra-ataque em lances de profundidade. Porém, a superioridade dos jogadores do Cruzeiro sobre os do Náutico era flagrante, e o plano de perder por pouco foi de água abaixo.  O fato de o Náutico ter terminado o jogo com um a menos não teve a menor importância, porque quando João Paulo recebeu cartão amarelo, a derrocada já estava consumada.

O Náutico voltará a jogar terça-feira que vem (30), no Rei Pelé, em Maceió, contra o CSA, no momento, primeiro time fora da zona de rebaixamento, com 26 pontos. O lanterna Náutico tem 21.

 

 

 

 

 

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