Foto: Blog de Edmar Lyra |
A governadora eleita, Raquel Lyra, tem o futebol nas veias. O avô materno, Zé Teixeira, foi presidente do Central. Fernando Lyra, um dos tios pelo lado paterno, dirigiu o futebol alvinegro. Sobre Fernando, que há muitos anos já nos deixou, trago uma história que me foi contada por ele.
O
Central contratou o goleiro Zé Magro, do ASA-AL, que havia fechado o gol num
amistoso de seu time com a Patativa. Na época, o titular da posição era Durinha,
que estava sendo pretendido pelo Palmeiras. Um belo dia, Fernando comprou
passagens para ele e Dudinha, voando os dois com destino a São Paulo. O
endereço era a Sociedade Esportiva Palmeiras. Tempos da Academia, com Valdemar Carabina, Dudu, Ademir da Guia...
Dudinha
ficou no meio daquelas cobras criadas em fase de experiência. Treinava e
participava de amistosos. O dirigente do Central acompanhando tudo e torcendo
para que os ‘italianos’ definissem logo a situação.
Naquela
época, a comunicação era precária. Como conhecia o jornalista Solange Bibas, de
A Gazeta Esportiva, Fernando sempre
lhe pedia informações sobre os resultados dos jogos por aqui. Na noite de certo
domingo foi informado de que o Central, com Zé Magro, havia levado nove gols
num jogo contra o Sport.
O
dirigente não pensou duas vezes. Pegou Dudinha pelo braço, tomou o primeiro
avião de volta e se mandou para Caruaru. Dois dias depois, jogo com o
Ferroviário, nos Aflitos. Se o encontro, por si só, não atrairia público,
imaginem numa noite de chuva intensa. O borderô registrou apenas nove pagantes,
dois dos quais irmãos de Fernando – Roberto e João Lyra Neto, pai de Raquel – e
mais um primo deles. Ou seja, uma torcida familiar. Para frustração de Fernando
Lyra e irmandade, o Central, com Dudinha e tudo, apanhou de 1 x 0 do desacreditado
Ferroviário.
Quando
o cabisbaixo Fernando deixava o estádio, profundamente acabrunhado, um
apaixonado torcedor do Central tratou de confortá-lo:
–
Tem nada não, doutor, nós “perde, mais nós tem time”.
Vai
ser conformado assim no raio que o parta!
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