Santa Cruz do Capibaribe perde a vibração de Marcondes Moreno

 

Foto: Reprodução

A cidade de Santa Cruz do Capibaribe acaba de perder uma das suas figuras mais importantes nas áreas das comunicações e do entretimento. Morreu nesta sexta-feira 16/06/2023, no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, sendo enterrado às 10h deste sábado (17) no Cemitério São Judas Tadeu, na Terra da Sulanca, Marcondes Moreno, jornalista, radialista, blogueiro, ator e produtor de teatro, cantor  nas horas vagas e outras coisas mais. Enfim, um verdadeiro animador da vida cultural da terra das confecções e das gameleiras, onde nasceu em 1966. Dez anos antes eu tinha saído para viver no Recife.

Vim conhecer Marcondes já na sua plenitude profissionais, principalmente depois do surgimento da Noite dos Filhos Ausentes, evento anual que, conforme o título, reúne santa-cruzenses “ausentes e saudosos”, como o saudoso Aldemar Paiva bradava no seu inesquecível Pernambuco Você é Meu, referindo-se aos pernambucanos que viviam fora do Estado.

O evento levou-me a uma aproximação mais firme com o conterrâneo que acaba de partir, com conversas descontraídas no tradicional Bar de Lula, um local em que os santa-cruzenses de raiz que vivem fora não podem deixar de visitar quando vão à terrinha. Pelo dono e pelo local, sem luxo, mas com muita receptividade.

Recebi vários exemplares de seu livro “Ypiranga, memórias de uma paixão em azul e branco”, para distribuição com a turma da mídia esportiva da Capital, missão que cumpri com muita satisfação. Interessante é que em pleno fuzuê de uma noite festiva na Rua Grande, sob os acordes da querida Banda Musical Novo Século, diante do sobrado de Zé Moraes, meu avô, onde vivi parte de minha infância, ao me mostrar a capa do livro, Marcondes disse, apontando para um dos figurantes da foto: “Consegui identificar o time todo, menos esse”. Em cima da bucha respondi: “É Val”. Foi aí que ele caiu na realidade:  “É mesmo, e eu nem tinha reconhecido”. Tratava-se de Val, um craque, irmão do célebre Heleno Pratinha, e primo de Totonho e Toinho, dois irmãos que fizeram história do clube, que, entre subidas e descidas representa a nossa cidade no futebol pernambucano.

Aos familiares, parentes e inúmeros amigos de Marcondes Moreno deixo registrado meu pesar pelo seu falecimento. Que o bom Deus o receba em seus braços.


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