Fracasso do Náutico e demissão do técnico; Retrô se sai bem

 

Timbu começou ganhando, mas o Bicolor virou (Foto: Zé Dudu-reprodução


Náutico e Retrô representaram o futebol pernambucano nesse domingo, 13. O Timbu protagonizou um de seus maiores fracassos nos últimos anos, não pela derrota para o Paysandu em si, em Belém, por 4 x 2, mas pela maneira como o desastre aconteceu. O técnico Fernando Marchiori, do Alvirrubro, foi demitido logo após o jogo.

O Retrô, que também jogou fora de casa, se saiu bem. No Castelão, em São Luís, os companheiros do experiente Fernandinho empataram sem abertura da contagem, com o Maranhão Atlético Clube, o popular MAC. Os dois voltarão a se enfrentar, lutando pela passagem para as quartas de final da Série D, sábado que vem, 19, na Arena de Pernambuco. Nada garantido, mas o time comandado por Marcelo Martelotte estará no seu palco, bem mais à vontade do que no jogo disputado na capital do Maranhão. As quartas de final se constituirão noutro mata-mata, classificando quatro equipes para as semifinais. Independentemente dos resultados a serem conseguidos, os quatro semifinalistas terão acesso garantido à Série C do ano que vem.

É aí que entra o interesse da torcida do Santa Cruz pelo êxito do Retrô, de quem o Tricolor do Arruda herdará a vaga na Série D 2024, caso a esperada escalada do time de Camaragibe à terceira divisão nacional seja concretizada.

DO CÉU AO INFERNO

A popular expressão cai inteirinha na equipe do Náutico. Depois de um começo fulminante, o Timbu vencia o jogo no estádio da Curuzu por 2 x 0, gols assinalados por Berguinho aos 11 e 21 minutos. O time dos Aflitos traçava o caminho para um triunfo sensacional que sedimentaria sua classificação entre os oito times que participarão da próxima fase da Série C. Esta será constituída de dois quadrangulares. Depois de seis rodadas, os dois primeiros colocados de cada  grupo garantem presença na Série B. O Náutico perdeu a chance de ampliar o placar, com o mesmo Berguinho, e levou um gol aos 36 minutos, marcadoi pelo estreante Ronaldo, que acabara de entrar em campo, saiu para o intervalo vencendo por 2 x 1 e na segunda fase, diante da pressão do Paysandu, ficou apenas se defendendo, possibilitando a extraordinária reação do time dirigido pelo seu ex-treinador Hélio dos Anjos.

Um detalhe muito lamentado pelos torcedores alvirrubros foi o fato de o criativo meia Souza só ter sido acionado no finzinho da partida. Todos sabem do quiproquó em que o jogador e o técnico Fernando Marchiori estiveram envolvidos. Mas, uma vez que a situação estava resolvida e ele viajou com o time, como não acioná-lo, a partir do momento em que o Paysandu empatou? A verdade é que o Náutico ficou desnorteado e apavorado, sem capacidade de reação, a não ser nos últimos momentos, quando a vaca já tinha ido pro brejo, como dizia o jornalista e técnico João Saldanha. É verdade que o quarto gol saiu de um erro da arbitragem, pois no cruzamento feito da esquerda, a bola havia ultrapassado a linha de fundo. Mas àquela altura, a derrota já estava definida.

O Náutico deixou a Curuzu fora do G 8, cujos componentes são:

1º Brusque, 30

2º Operário, 30

3º Amazonas, 29

4º Botafogo-PB, 29

5º Volta Redonda, 27

6º Paysandu, 26

7º) São José, 26

8º) São Bernardo, 25.

O Timbu é o nono colocado com a mesma pontuação do oitavo, o São Bernardo, mas perde no saldo de gol: 1 x 2.

Como as demais equipes, o Alvirrubro só tem dois compromissos a saldar nesta etapa, contra o líder Brusque, em Brusque-SC, e o São Bernardo, nos Aflitos.

 

 

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