PE e BA tempos atrás, na memória de um cronista baiano

 ANTÔNIO MATOS


Almirante Heleno Nunes, Rubem Moreira (Rubão) e parte da comissão técnica do Sport, em 1975: médico Elias Barbosa, agregado Janos Tatrai e o técnico Duque, conversando com o presidente da CBF.(Arquivo do Blog)


 O futebol pernambucano nos anos 50 e 60 detinha um poder econômico bem superior ao do baiano, além de ter Rubem Moreira, com grande 'poder de fogo' e muita influência em toda a região, por conta da amizade com o presidente João Havelange e do cargo que exercia de vice-presidente para os interesses do Norte-Nordeste na antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Os 'medalhões', muitos já veteranos e procedentes de centros futebolísticos mais desenvolvidos, passavam por Recife antes de chegar em Salvador. Lembro-me de Pinguela, Eloy, Vassil, Agnaldo, Zingoni, dentre outros.
Quanto ao zagueiro de área Onça - Mário Felipe Pedreira - foi emprestado pelo Fluminense de Feira, ao Sport em 1964, juntamente com o goleiro Mundinho (pai de Júnior Baiano), e os atacantes Renato e Neves, em razão de uma crise no futebol baiano, que interrompeu o campeonato estadual.
Bengalinha (Jaime Viana), gente boa, era servidor da Previdência Social e cunhado do ponta esquerda Joãozinho, que atuou no Vitória, Ypiranga e Galícia.
Até bem pouco tempo imaginava que o goleiro Jurandir 'cabeça de televisão', fosse alagoano, por ter vindo para o Bahia, transferido do CSA.O excelente Detinho, apesar da impulsão, hoje, certamente, não teria espaço no futebol como goleiro, diante da baixa estatura. Começou no Ypiranga, destacou-se no Vitória e brilhou no Santa Cruz. Osório Villas-Boas, ao lado de Rubão, foi um dos maiores dirigentes do futebol nordestino. 'Mão de ferro', quando preciso, mas sempre gentil e atencioso com a mídia.

OBS.: Jurandir, goleiro que quase leva o milésimo gol de Pelé, na Fonte Nova, em 1969, é pernambucano da sertaneja Afogados da Ingazeira, mas desde garotinho mora em Caruaru, onde iniciou a carreira defendendo o Central, ainda nos anos 50. Da Patativa se transferiu para o CSA-AL, indo depois para o Bahia. Jurandir ainda defendeu outros clubes, tendo voltado a residir na Capital do Agreste, a cidade que o tem como filho, e é sempre procurado pela mídia.

 

 

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