SANTA CRUZ

 

A partir da esquerda, Cuíca, Zé Maria, Facó, Fernando Santana, Zito, Ramon, Zé Carlos Olímpico, Luciano, Zinho e Pedrinho, o goleiro (Foto: Dani Andrade / Divulgação)


Cinquentenário do Penta sem pompa, mas com amor



 

– Pedrinho, Facó, Zinho, Luciano, Cuíca, Ramon, Zito, Zé Carlos Olímpico, Zé Maria, Bione (José Edgar Bione/ dentista) e Rodolfo Aguiar (na época, dirigente).

Pausadamente, os nomes destes pentacampeões pernambucanos (1969-1973), presentes  à missa celebrada na manhã de sábado (26 de agosto), no Anfiteatro Presidente Aristófanes de Andrade, na sede do Santa Cruz, foram declinados pelo padre João Carlos Santana da Costa. O ato religioso lembrava a passagem do 50º aniversário da conquista do título de pentacampeão pernambucano pelo Tricolor do Arruda. A série, iniciada em 1969, quebrando um jejum  de 10 anos (1959-1969) foi lacrada em 19 de agosto de 1973, com uma vitória por 2 x 0 sobre o Sport, em jogo extra disputado na Ilha do Retiro, gols de Ramon.

Também foram lembrados os nomes de alguns jogadores que participaram de pelo menos um dos cinco campeonatos e que já não estão entre nós, como Detinho, Reginaldo, Botinha, Norberto, Joel, Cabral etc.

Padre João Carlos, 57 anos, torcedor da Cobra Coral, com “meu time perdendo ou ganhando”, tem uma longa convivência com o clube de seu coração. Ele foi nomeado pelo presidente Vanildo Ayres (1983-1984) conselheiro espiritual do clube e há alguns anos no início das obras do CT Rodolfo Aguiar, o popular Ninho das Cobras, benzeu o local.

Padre João Carlos tem o título de conselheiro espiritual do Santa (Dani Andrade/Divulgação)


Depois da missa, os jogadores conheceram as novas instalações do Colosso do Arruda, como o amplo e moderno vestiário dos profissionais, piscinas, academia de ginástica, refeitório e instalações para as equipes básicas (“nada disso existia no nosso tempo”- comentava o ex-centroavante Ramon) e adentraram o gramado, onde posaram em formação, vestindo a camisa do Santa Cruz. Eram comuns as queixas sobre o triste momento em que o Santinha se encontra.

– Dá uma tristeza ver um clube desse potencial na situação em que está – lamentava o antigo ponta-direita Cuíca.

O cearense Facó, hoje engenheiro, foi um dos mais entusiasmados pela realização do evento. Ficou insistindo para que a data não passasse em branco até que conseguiu a adesão dos ex-companheiros e do clube. Pegou um avião e marcou presença. Como sempre foi festejadíssimo, ele que anualmente comparece à festa do Dia do Boleiro.

– O que estou notando é que quase todos os que estão aqui participaram do primeiro campeonato (1969). Isso mostra a união que havia e que continua existindo – comentou Facó.

Para encerrar, um almoço servido na sede tricolor, com muita cerveja e intensas gargalhadas com pelos fatos engraçados revividos pela boleirada.

O dirigente Eduardo Jorge esteve à frente do evento, juntamente com Dirceu Paiva, da Sala da Memória, com a assistência de Dani Andrade, secretária executiva da diretoria do Santa, que goza do carinho e da amizade de todos. Tanto que foi eleita a madrinha do evento.

Para Eduardo Jorge, em se tratando da rememoração de uma conquista histórica e que tanto orgulha o povão tricolor,  o cinquentenário do Penta deveria ter sido comemorado com grande pompa e intensa participação da torcida, o que seria inadmissível na fase que o clube vive atualmente.

Vários jogadores que não puderam compartilhar, tomaram conhecimento do evento via whatsaap. Foi o caso do ex-zagueiro Zé Júlio (em Alagoas), Erb (Campinas-SP) e Mirobaldo (Portugal).

O dirigente Dirceu Paiva, responsável providenciou um encarte para ser dado a cada pentacampeão, com informações básicas - resultados, relação dos jogadores etc., de cada um dos cinco campeonatos.

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