Clássico das Multidões, uma festa para o verdadeiro torcedor

 



 

LENIVALDO ARAGÃO



 

O Campeonato Pernambucano mal começou e já temos um clássico. As equipes ainda estão se aquecendo E uma plêiade de novos contratados agora é que está conhecendo o terreno onde pisa. Terceira rodada de um campeonato de tiro curto, que, como os demais estaduais não passa de um mero torneio.  Relembrando o saudoso Garrincha ao falar sobre a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, quem já viu um campeonato que não tem segundo turno?

A verdade é que a realidade é outra. E os torcedores, já na primeira rodada, encaram o tradicional Clássico das Multidões.

O Sport recebe o Santa Cruz, na Arena de Pernambuco, às 16h30 deste sábado (20),  depois de sofrer a primeira provação na competição, a derrota para o Retrô. O novo técnico do Leão, o erudito argentino Mariano Soso, já sentiu que sua lua de mel com a torcida tem também a banda amarga. Ser vaiado logo  no segundo jogo, certamente não fazia parte dos planos do treinador. Todavia, os  apupos de quarta-feira podem se transformar em aplausos mais tarde. O coração da arquibancada é deveras rotativo nessa questão emocional.

Mariano Soso (Foto: SCR)


Quanto ao tricolor Itamar Schüle, seu momento é favorável. O Santa Cruz vem de duas vitórias (Maguary e Flamengo de Arcoverde) e chegará à Arena com moral. Todavia, a falta de pontaria demonstrada na vitória sobre o rubro-negro sertanejo deixa a torcida com as barbas de molho. Possivelmente não haverá tantas chances no clássico. E as que surgirem precisam ter um melhor aproveitamento.

Itamar Schüle (Reprodução Esportes DP)


Gostaríamos de estar falando apenas sobre o lado lúdico do Clássico das Multidões. Da rivalidade, da animação dos torcedores, e por aí vai. Porém, não se pode esquecer a ameaça que a marginalidade pode causar. São delinquentes  misturados às pessoas de bem. Procuram transformar o espetáculo em atos degradantes. Trabalho dobrado para os policiais, uma vez que a “guerra” de marginais que se dizem torcedores e merecem ações dos homens da lei, à altura de seus delitos, muitas vezes acontecem a quilômetros de distância do estádio. Infelizmente há casos até fatais nesse conflito de meliantes disfarçados de torcedores.

 

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