Livro sobre Ivan, capitão do Hexa, eterno ídolo alvirrubro

 

  

Foto: Arquivo do Blog


 

Uma noite festiva será vivida nesta terça-feira (9), na sede do Náutico, na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife. Haverá o lançamento do livro “Ivan Brondi-A Trajetória de um ídolo”. O evento está programado para 19h, na loja Timbushop. Trata-se de uma obra da Editora Torcida, escrita pelos jornalistas Beto Lago e Clauber Santana.

Toda a história de um dos maiores jogadores que vestiram a camisa alvirrubra do Clube Náutico Capibaribe em todos os tempos, está contada, desde o dia 19 de maio de 1963, quando ele participou da estreia do Timbu no Campeonato Pernambucano daquele ano, com uma vitória sobre o Centro Limoeirense por 2 x 0. Era o início de uma memorável campanha que só se encerraria em 21 de julho de 1968, com a conquista do título de hexacampeão, uma glória do Alvirrubro até hoje única no futebol profissional de Pernambuco.

Em toda a travessia abrangendo os seis campeonatos levantados pelo Náutico, de 1963 a 1968, os técnicos que passaram pelos Aflitos, na época, utilizaram 69 jogadores. De todos, só Ivan  participou do encontro inaugural, em 1963, e do jogo que fechou a gloriosa rota das cores branca e vermelha, naquele festivo e inesquecível domingo em que o extraordinário feito da obtenção do Hexa era carimbado numa extenuante batalha contra o Sport. O Náutico venceu por 1 x 0, com um gol do atacante Ramos, marcado na prorrogação.

Isso não quer dizer que o capitão do Hexa em toda rota tenha estado presente a todos os 140 jogos realizados pelo Náutico naquela caminhada. Porém. quase chegou lá. Esteve fora em 15 partidas, tendo atuado 125 vezes. Foi o recordista entre os hexacampeões.

Ivan Brondi de Carvalho, que chegou ao Recife praticamente imberbe, saído do Palmeiras, no qual estava em fase de adaptação entre os profissionais, depois de ter sido alçado do elenco juvenil, não tinha a intenção de se eternizar no novo clube. Pretendia passar um ou dois anos, após o que voltaria para São Paulo, ele que é nascido na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo. Entretanto, o sucesso levou-o a mudar de planos. Aqui fixou raízes, formou-se em odontologia e terminou virando um pernambucano adotivo, embora ainda tenha um pouco do sotaque caipira que caracteriza as pessoas nascidas em algumas regiões do interior paulista.

Sem que jamais tivesse mostrado a menor intenção de ingressar no mundo da cartolagem, terminou passando pela presidência do clube numa situação de emergência, ele que havia sido eleito vice-presidente.

A maioria de seus companheiros da trilha do Hexa já nos deixou. Todavia,  o capitão continua firme, hoje como apreciador dos jogos do seu Náutico, aos quais comparece como uma impressionante assiduidade.

Sua carreira é muito rica e eu tive a honra de contribuir com um pequeno texto sobre Ivan, eu que foi o primeiro repórter com quem ele manteve contato ao descer certa noite no Aeroporto dos Guararapes, de um Viscount da VASP.     

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