Uma aventura na terra do café
HUGO BENJAMIN, treinador
O ano era 1997, faz vinte e sete anos. Vencemos aqui em
Recife, perdemos lá e isso gerou um terceiro jogo pra decidir quem faria
companhia a América, Ponte Preta e Vila Nova na decisão do campeonato
brasileiro da série B.
Foram dias difíceis em Londrina uma cidade inteira contra
um time, vinte e cinco homens praticamente sem poder sair de dentro do hotel. E
treinar pra o jogo?
Nada. Tava impossível. Não nos cederam nada. Um campo,
ginásio ninguém facilitava nem um campo careca de pelada. Foi quando o gerente
do hotel me disse que havia um jeito. Sair da cidade e viajar um pouco mais de
uma hora, tipo Recife/ Caruaru.
Nos reunimos com os jogadores e decidimos ir.
Chegamos e encontramos uma chácara com um campo quase
profissional ,bem cuidado e com bom gramado.
A essa altura a provocação tomou conta do grupo e tirei
proveito mexendo na autoestima de todos.
Finalmente, após noite de apreensão com foguetório até a
polícia chegar, chegou a hora do jogo decisivo. Escoltado pela polícia justa,
entramos no estádio . Aquecimento no próprio vestiário. Ao entrarmos em campo,
vi algo estranho no local dos reservas. Chegando maís próximo, aí identifiquei
nada mais, nada menos do que uma colmeia, casa de abelha,plantada, colada no
teto de tamanho médio. Recuamos, mais provocação, mais sangue nos olhos e faca
nos dentes. Jogo duríssimo, empate justo.1 x1.
Vamos pros pênaltis. Nei, no gol,tirou onda defendendo
dois. No nosso último pênalti, Alemão, volante oriundo do Porto Caruaru, pega a
bola .
Nisso, naquela corrente fechada com todos abraçados vendo
Alemão se organizando alguém grita na minha direção:
professor, é Alemão q vai bater, é? Ele não sabe bater,
não!
Silêncio geral já com Alemão correndo e convertendo. Ufa!!!
Cacete, em quem falou KKKK e euforia total. Que o Náutico
sofra bem menos, não encontre nada de ruim em seu vestiário nem no banco de
reservas.
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