Paulo Moraes
SAUDADE, PALAVRA TRISTE
Estou de volta ao lar das
letras. E para falar de um grande amor que nos abandonou desde o começo do ano.
Me refiro ao grande tricolor das Repúblicas Independentes do Arruda.
Pois é, nunca escondi. Apesar de exercer o jornalismo
esportivo, sempre fui torcedor do clube das três cores, que um dia, alguém de
imensa sabedoria chamou de O Clube das Multidões. E que outro sábio, como
aquele, o apelidou de O Mais Querido. E eu, humildemente, faço parte dessa
paixão das cores preta, branca e vermelha. E sou feliz por isso. E na minha
felicidade vou botar o nosso Santa em campo.
Ano de 1983, um domingo inesquecível, 18 de dezembro. Saí
de casa às nove da manhã para organizar a cobertura da final do Campeonato
Pernambucano. E fomos nós, eu, Paulo André Leitão e o saudoso Pedro Osterno,
texto e reportagem. O também saudoso Jota Raposo, narração. E os cinegrafistas,
nem lembro mais os nomes.
Concluído
o emocionante jogo entre o campeão Santa Cruz e o Náutico, voltei para a TV, no
Morro do Peludo, para editar o Globo Esporte do dia seguinte, por antecipação, ao
lado do editor de imagens Válter Menezes, o competente Ceará. Viramos a noite,
pois o programa ocupou o espaço local e também o espaço nacional. Quando acabou
o Globo Esporte da segunda, fui fazer
uma entrevista com o técnico campeão, Carlos Alberto Silva. Resultado: só fui comemorar
a conquista do título, minutos depois de voltar da entrevista. Portanto, já na
segunda-feira, à noite. Cheguei em casa por volta da meia-noite. Atenção, eu
era – e sou – casado. Foi uma façanha. Quase dois dias fora de casa. Mas feliz.
Cumpri minha missão de repórter e editor, e voltei campeão. Ou melhor, supercampeão.
Você,
caro leitor, há de perguntar. E o resultado? Um a um nos noventa minutos. Zero
a zero na prorrogação. Seis a cinco nos pênaltis. Para o Tricolor, claro.
Paulo, eu estava nessa decisão sofri muito como todo bom alvirrubro. Naquele ano, o Santa, havia formado uma grande equipe.Titulo merecido!
ResponderExcluir