Para Charles, Raphinha vem dando certo (Foto: Rafael Ribeiro-CBF) |
Time se ressente de um
autêntico armador, diz Charles Muniz
A Seleção Brasileira, que no
momento ocupa a quinta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do
Mundo de 2026, se ressente de um verdadeiro meia armador, ou seja, aquele
jogador que chame o jogo para si.
Quem assim opina é o técnico
pernambucano Charles Muniz, 72 anos. Um autêntico estudioso do futebol, Charles
Antônio de Melo Muniz, foi campeão pernambucano em 1989, comandando o Náutico,
e em 1993 pelo Santa Cruz, na fantástica virada do Tricolor sobre o Náutico. Dirigiu
também o Sport em 1990, e vários outros times das Séries A 1 e A 2 de
Pernambuco, entre os quais Central e Porto, de Caruaru.
Charles estagiou na Seleção em
dois períodos, em 1981/82 e 1986, em ambas as situações com Telê Santana à
frente da equipe da camisa amarela. Em 1991, não mais como estagiário, agora
como profissional, integrou a comissão técnica canarinha, com Falcão à frente,
na preparação para a Copa América, disputada no Chile.
Voltando a falar da atual
Seleção, Charles diz que o futebol brasileiro passa por um momento de transição
e por isso enfrenta alguns percalços.
– Mas temos uma boa safra de
jogadores, como Vinicius Junior e Luís Henrique, que são atletas de força.
Porém, o que não pode acontecer é a gente ver um Raphinha começando a se firmar
na armação das jogadas e em meio à partida ser deslocado para outra posição.
Para a função, Charles Muniz tem
um nome em mente, no entanto, sabe que o mesmo jamais será cogitado por vários
motivos, incluindo a posição geográfica do clube que defende:
– Um jogador que daria certo
no nosso meio-campo é Moisés, do Fortaleza, que além do excelente futebol que
joga, é goleador. Mas a gente sabe que
nunca será lembrado.
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