MUNDO DA BOLA-Lenivaldo Aragão

O repórter Lenivaldo Aragão, com Zagallo, Garrincha e Nilton Santos, no Aeroporto dos Guararapes (Foto: Antônio Barreto)


 

Garrincha passou no pau do canto e quase sobrava  da Copa 



 

 

Existem muitas histórias em torno de Garrincha, o homem das pernas tortas. Em alguns casos pode ser que haja algum exagero, mas Mané era mesmo engraçado. E dava atenção a qualquer mortal que o abordasse, fosse jornalista ou simples torcedor. A seguir, um texto sobre um dos maiores jogadores que o futebol mundial já deu, extraído da Wikipédia:

Dependendo do professor Carvalhaes, psicólogo da seleção que viajou à Suécia para a conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil, ele teria sido dispensado. Tinha a fama de ser extremamente desligado, possuindo algumas deficiências trazidas do berço: estrabismo; desequilíbrio na pelve; seis centímetros de diferença de comprimento entre as pernas; valgismo no joelho direito (inclinação para dentro) e varismo no esquerdo (os joelhos se afastam um do outro quando os pés são juntos, criando um espaço entre eles).

Pouca gente sabe que o Anjo das Pernas Tortas tinha sangue pernambucano e indígena correndo nas veias. Embora tenha nascido em Magé-RJ, Manoel Francisco dos Santos, era filho de Amaro Francisco dos Santos, legítimo índio Fulni-ô, povo domiciliado em Águas Belas-PE, que faz questão de preservar sua língua original, o Iatê, embora fale português.

O PROFESSOR PERDEU A PARADA

A seguir, um texto sobre um dos maiores jogadores que o futebol mundial já deu, extraído da Wikipédia:

Garrincha, bicampeão mundial em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile, um dos maiores jogadores do mundo em todos os tempos, tinha um grau de escolaridade muito baixo, e consequentemente era considerado  "burro". Tanto que no exame psicológico feito pelo professor João Carvalhaes em 1958, antes de a Seleção Brasileira embarcar para a Europa, de onde traria pela primeira vez a taça de campeã do mundo, o Mané das pernas tortas foi reprovado. Foi considerado um bobalhão, que nada somaria naquele grupo. Isso, do ponto de vista científico. Mas Paulo Machado de Carvalho, o chefe da delegação levou a coisa por menos. Deve ter procurado dissuadir o professor a dar última forma na sua condenação. Se conseguiu ou não, não se sabe. O certo é que resolveu levar Garrincha para a Suécia de qualquer maneira. Achava que ele, com seus dribles desmoralizantes seria muito útil à Seleção Brasileira, mesmo com os problemas de QI apresentados.

Garrincha com o Rei Pelé (Reprodução)


CABEÇÃO DE QUARENTINHA

O professor Carvalhaes fazia 20 anos trabalhava no São Paulo, tendo sido considerado o primeiro psicólogo do futebol nacional. Aplicava  também exames em motoristas. O caso de Mané Garrincha teve muita repercussão. Já no preenchimento da ficha, o jogador ocupou o campo “profissão” com a palavra “atreta”. Isso dá uma demonstração de como era seu grau de escolaridade. Era considerado um eterno desligado, a toda hora brincando com um e com outro, com coisas do tipo “teje preso”, “teje solto”.

Garrincha foi muito mal em testes, como completar figuras pela metade e fazer um desenho para posteriormente dizer ao psicólogo o que significava. Sobre um desenho meio maluco, disse que era a cabeça – enorme – de Quarentinha, seu companheiro no Botafogo. Sua inteligência era abaixo da média, instrução primária e grau de agressividade zero (Garrincha, como jogador, além de ter algumas brigas em seu currículo, tinha a característica de driblar os adversários de maneira a provocá-los). Seu escore no teste foi de 38 pontos entre 123 possíveis. Para Carvalhaes, ele não poderia nem dirigir um ônibus. Por isso queria impedir Garrincha de atuar na Copa. Como Paulo Machado de Carvalho resolveu apadrinhá-lo, lá se foi Mané para a Europa. O resto da história já se sabe. Mané entortou os gringos e desmoralizou até computador russo, na época chamado de cérebro eletrônico.

Driblar era com ele mesmo (Reprodução)


JUIZ “DRIBLADO” SE ESPARRAMA NO CHÃO

 Há em torno de Garrincha um repertório variado de histórias. Muitas vezes passava uma partida inteira meio aéreo, alheio ao que acontecia em campo. Mas era só marcá-lo na violência para que começasse a executar a sua notável série de dribles. Num jogo contra o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca, esteve completamente omisso, até que levou um pontapé. Daí em diante, começou a dar um show de dribles, deixando tonto seu incauto marcador. Num deles, passou como um raio rumo ao gol, o que fez com que o juiz Amilcar Ferreira (já fez parte do quadro de árbitros da Federação Pernambucana de Futebol e tinha fama de durão) também desse um pique para acompanhá-lo na jogada. Mas, de repente, Mané estanca, dá um giro rápido e volta, talvez para outro drible. Na velocidade em que ia, o juiz quis também parar e voltar, mas no giro acabou esparramando-se no campo, debaixo das gargalhadas da multidão. Possesso, levantou-se e, ainda limpando o calção, partiu de dedo no nariz de Garrincha:

- Olha aqui. Eu não sou palhaço. Se você der outro drible desses, eu lhe boto pra fora.



 

 

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