NO PÉ DA CONVERSA – Lenivaldo Aragão

 




 

O REI, NEY E O BOM SEBASTIÃO –  Entre as lembranças que conservo de Sebastião Lopes, animador de carnaval, São João, pastoril, índios, maracatus, festas de fim de ano, compositor, radialista e por aí vai, tenho esta. Perto de 1974, quando Pelé ameaçava não mais ir à Copa do Mundo, o Bom Sebastião, como denominou Getúlio Cavalcanti,  compôs um frevo para o Carnaval, fazendo um dramático apelo ao Rei, afinal, não atendido. Recordemo-lo:

“Milhões de brasileiros / Estão em aflição / Com a saída de Pelé / De nossa seleção / O rei tricampeão / Promete que vai voltar / Volta, Pelé, volta, Pelé / Na sua Canarinha / Acabou-se aquele olé / Volta, Pelé, volta, Pelé ******* Oitenta milhões em ação / Esperando o show de pé / Mostre que é tricampeão / Mostre que tem coração / Tá todo mundo sofrendo / Com essa nossa seleção /
Obrigado, Pelé / Pelo tri mundial / Para bem da Canarinha / Seleção nacional”

Faço aqui uma ligeira analogia, lembrando que após o 0 x 0 em Guayaquil, começou a torcida pelo retorno de Neymar ao time da camisa amarela. A começar pelo treinador. Sem frevo e bola no pé.

AGORA VAI?

Raphinha fará, contra o Paraguai, sua estreia na atual Seleção Brasileira. Cumpriu suspensão automática no jogo com o Equador, e o Brasil sentiu sua ausência, pois nosso ataque foi de uma nulidade de doer.

 ENTRE A ÁGUA E O VINHO – Na tarde que antecedeu o jogo Equador x Brasil participei do habitual almoço bimensal reunindo alguns amigos e amigas da “velha guarda do DIARIO DE PERNAMBUCO”. Pelo menos três vezes me perguntaram sobre a vinda do técnico Ancelotti. A todos respondi que achava desnecessária, principalmente pelo fato de ele precisar de algum tempo para se adaptar à mudança de ambiente. O comportamento do nosso povo é completamente diferente do modo de o europeu se conduzir. E isso chega ao gramado. Além disso, ele ou qualquer outro técnico não dispõe de tempo para organizar o time. Isso não quer dizer descrédito, mas formar uma equipe hoje para jogar amanhã é para quem dispõe de uma porção de craques consumados. Infelizmente, nossa geração de craques foi consumida. É preciso “fabricar” outros.

SOLUÇÃO CASEIRA NA ILHA      

Campeão paraense pelo Clube do Remo, onde gozava de muito prestígio, Daniel Paulista está voltando à Ilha do Retiro com conhecimento de causa. Conhece profundamente o terreno onde vai pisar. Sabe que terá que botar a imaginação para funcionar. Se o Sport estivesse bem “na foto” não o teria contratado. Os dois portugueses, Pepa e António, foram um fiasco e a tarefa de tirar o time do atoleiro acaba de ser entregue a esse ex-jogador e ex-treinador, mais deuma vez, do próprio Sport. Chega com moral, porém  é bom lembrar que o time rubro-negro não é esse balaio todo.

 

 

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