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CT do Sport sendo invadido pelos fora da lei (Reprodução) |
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Só uma lei específica pode
afastar os marginais do futebol
LENIVALDO ARAGÃO
A simples proteção feita por
alguns vigilantes desarmados e amedrontados, já não impede a descabida e
criminosa invasão de grupos de marginais, a maioria com passagens policiais, aos
clubes dos quais se dizem torcedores, principalmente centros de treinamento.
O objetivo é intimidar e
desmoralizar os trabalhadores, no caso os jogadores e quem mais faça parte do
contexto. É o que aconteceu nesta semana no CT José de Andrade Medicis, do
Sport Club do Recife, em Paratibe, Paulista – município da Região Metropolitana
do Recife.
É verdade que Pernambuco não é
um palco isolado para esse tipo de manifestação dos fora da lei. O mal está
implantado em todo o País. Há alguma ação das autoridades, não se pode negar,
mas de maneira ainda muito tímida, talvez por causa da reação que geralmente acontece
da parte de quem não acompanha o futebol mais de perto, quando a polícia age
com o necessário rigor. E o pior é que muitas vítimas nada têm a ver com as
disputas entre as tais “torcidas organizadas”.
Eu mesmo certa vez escapei, só
Deus sabe como, de uma pedrada na parte posterior da cabeça, no estacionamento
do Arruda. De repente, surgiu uma troca de pedradas e outros apetrechos entre
torcedores do Santa Cruz e do Luverdense, time de Mato Grosso, que deveria ter
trazido no máximo meia dúzia de adeptos ao Recife. E eu não tinha ido ao Mundão
por simples deleite, embora seja apaixonado por futebol, mas estava lá a
trabalho. A pedra que rondou meu quengo “passou raspando”, como me disse um
rapaz que procurava se abrigar do conflito.
O que aconteceu agora no CT
rubro-negro passou inteiramente da conta. Um criminoso declarado, que nem “caneleira” eletrônica usava, teve o acinte de
agredir fisicamente um jogador, no caso o atacante Pablo.
Os CTs do Náutico e do Santa
Cruz também já foram invadidos, tendo sido o trabalho interrompido, mas o que
aconteceu agora passou de qualquer nível de tolerância, se é que é possível tolerar
comportamento desse tipo. ´
Numa nação onde são criadas
tantas leis, por que não se fazer uma,
específica, para combater esse mal que se espalha cada vez mais e já se se
envolve no fumacê causado pelo uso de drogas? Não pode haver mais complacência
com uma coletividade não nefasta e tão prejudicial ao futebol.
Enquanto isso o medo só tende
a aumentar para quem joga ou simplesmente assiste.
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