MUNDÃO DO ARRUDA

 

Foto: Arquivo do Blog



Guardião do estádio tricolor, Bartolomeu Bueno estava certo


 

O desembargador aposentado Bartolomeu Bueno, conselheiro e um apaixonado pelo Santa Cruz Futebol Clube,  desde a juventude, que até pouco tempo presidiu o Conselho Fiscal do Mais Querido, foi criticado e ridicularizado no desempenho de sua função nas Repúblicas Independentes do Arruda. Nos debates para a transformação do Tricolor numa SAF (Sociedade Anônima de Futebol), ele advertiu que em tal negociação não poderia ser  incluído o terreno onde o Estádio José do Rego Maciel está construído, salvo se o mesmo for comprado ou doado pela prefeitura do Recife à qual pertence. Como um guardião da Justiça anunciou que não colocaria sua assinatura em qualquer documento, se a irregularidade fosse mantida.

Foi o suficiente para o ilustre torcedor da Cobrinha ter sido considerado um dos “dinossauros” dispostos a atrapalhar os passos que estavam sendo dados visando ao progresso e à sobrevivência do Tricolor. Não faltaram ameaças ao desembargador e sua família, levando-o a anunciar sua decisão de renunciar à presidência do Conselho Fiscal.

Porém, não é de hoje que o emblemático assunto é abordado por ele, sempre salvaguardando os interesses do Santa Cruz. Em 19 de novembro de  2016, portanto, há nove anos, eu publicava neste espaço, sob o título “No Arruda o buraco é mais embaixo” e também no Blog de Lenivaldo Aragão esta nota:

“O Santa Cruz está sempre ameaçado de ir a leilão por causa de débitos que atravessam décadas. Agora mesmo, o presidente Alírio Moraes usou de toda a sua habilidade de advogado especializado no ramo fiscal para,  mais uma vez, evitar que o Tricolor fosse à hasta pública. A respeito do Santinha, o desembargador Bartolomeu Bueno, tricolor de quatro costados, postou recentemente no seu face um interessante comentário, segundo o qual, quem arrematar o Mundão terá direito apenas à parte estrutural. Terá que levar para casa as arquibancadas, ferros, barras, talvez até a grama. O terreno não entra, posto que, ao avalizar o empréstimo para sua compra, muitos anos atrás, a prefeitura recifense determinou, como único objetivo a prática esportiva, não permitindo desvio de atividade. A não observância desse item faria com que o município se apossasse do campo. E daí? Quem topa essa briga? “

O homem não apareceu agora com o objetivo de prejudicar qualquer negociação, mas mostrando a quem não está por dentro da história. a necessidade de habilitar o imóvel para evitar uma questão na Justiça, dessas praticamente intermináveis”.

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