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| Alan Cole nos Aflitos com o preparador Inaldo Alves (Reprodução) |
LENIVALDO ARAGÃO
Chega-me a notícia da morte de
Alan Cole, um nome conhecido pelos torcedores mais antigos, pincipalmente do
Náutico. Centroavante, foi descoberto pelo técnico Nelson Lucena numa excursão
do Náutico à área do Mar do Caribe. Entre os adversários que o Timbu enfrentou
estava a Seleção da Jamaica. Isso em 1972.
O jogador,
considerado o Pelé de seu país, cuja fotografia ao lado do Rei era vista em
todo canto, foi observado naquele amistoso e agradou em cheio. Recebeu logo o
convite para vir defender o Alvirrubro, através do chefe e intérprete da delegação, o saudoso médico José Omar Braga.
O ídolo
jamaicano topou de cara, posto que além do futebol tinha interesse em pesquisar
música, seguidor que era da linha do célebre Bob Marley, seu amigo pessoal. Logo
foi integrado à comitiva do Clube dos Aflitos. Sua vinda causou surpresa e rebuliço
entre torcedores e jornalistas. “Quem é que ia recusar uma proposta para jogar
na terra de Pelé?”, indagou-me Alan numa entrevista. Tinha como tradutor na
antiga concentração da Rua Santo Elias, no
bairro do Espinheiro, e nos Aflitos, o saudoso repórter de rádio Vitório
Mazzili. Entre os jogadores, só aprendia mesmo palavrão.
Não durou muito por aqui. Para
falar a verdade, não se firmou, embora num clássico com o Sport, na sua estreia, amistoso nos Aflitos, com empate por 1 x 1, tenha
logo balançado a rede e atiçado a timbuzada. Fez outros gols no Campeonato Pernambucano
e no Brasileiro da Primeira Divisão. Porém, sua atenção era mais voltada para a
música.
Uma formação do Náutico, com
Alan Cole, em 13-8-1972: Helinho; Gena, Ubirajara, Sidcley e Marinho Chagas;
Cordeiro, Edvaldo (Alan Cole) e João Paulo; Dedeu, Paraguaio e Eloy. Vitória do Náutico
sobre o Ferroviário por 4 x 0, no Arruda, pelo Torneio Eraldo Gueiros, que
valia vaga no Campeonato Brasileiro, conquistada pelo Alvirrubro. Gols de
Paraguaio, Marinho, Edvaldo e Alan Cole.
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