Ainda uma lembrança de minha recente ida à terra natal,
Santa Cruz do Capibaribe, na tradicional festa denominada “Noite dos Filhos
Ausentes”.
Na ocasião, muitos santa-cruzenses que vivem fora do seu
querido torrão, reencontram velhos amigos – infelizmente, muitos já partiram. Os
abraços e as boas recordações espalham-se pela Av. Padre Zuzinha, sob uma auréola
de felicidade que parece envolver o velho tronco da gameleira grande e se
espalhando pelos seu galhos, cenário este, enriquecido pela presença da harmoniosa
e afinada Sociedade Musical Novo Século, que os santa-cruzenses começam a amar,
quando, ainda no berço, ouvem seus primeiros acordes nas incursões desse
símbolo da Terra das Confecções pelas ruas da cidade em momentos festivos, como
no recente evento, ocorrido em 27-09-2025.
A foto em que estou num grupo de conterrâneos, é uma
demonstração do espírito de alegria e de fraternidade que domina o ambiente. A
gente sai, já pensando na volta, como se estivesse saindo da queima da lapinha,
no Dia de Reis, diante da Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel
Arcanjo.
Um dos versos do triste hino de despedida, cantado pelas moças
que faziam parte do coro da igreja, dizia de maneira dolente, quase provocando
lágrimas, enquanto as chamas consumiam um restinho das palhas de coqueiro
usadas na armação do presépio que significa a vinda do Menino Deus a este Vale
de Lágrimas: “... adeus São José, adeus já me vou / Até para o ano se eu viva
for”.
É com este sentimento que a gente sai da Noite dos Filhos
Ausentes.

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