CLAUDEMIR GOMES
Entra ano, sai ano;
treinamentos são feitos; cursos são oferecidos; a tecnologia é inserida no
contexto através de uma ferramenta chamada VAR, e a arbitragem brasileira segue
na berlinda como sendo a vilã das competições realizadas no País pentacampeão do
mundo. Como diria o implacável, Aderval Barros: “Existe algo errado no que é
certo!”. Onde está o erro? - Na falta de educação dos jogadores, que são
mestres da desfaçatez, da pantomima? - No paternalismo e conivência de técnicos
e dirigentes? - Na discutível qualidade do quadro de árbitros? - Na invasão das
Bets que pôs tudo, e todos, sob suspeição? O sábio responderia: de tudo um
pouco. Enfim, todos têm culpa no cartório, uma vez que o futebol brasileiro é
regido pela famosa “Lei do Gerson”, cujo princípio é “levar vantagem em tudo”.
E assim, a sequência de cenas hilárias transforma bons jogos em espetáculos
toscos.
Confesso que, algumas cenas protagonizadas por jogadores/atores me fazem levantar para dar uma olhada no nariz de palhaço que fora colocado em mim, e em milhões de telespectadores. Na condição de amante do futebol, não desisto.
O amigo, Wilson Souza (foto), que já
integrou o quadro de árbitros da FIFA, e sabe das coisas, me envia informativo
sobre a iminente inclusão da LEY WENGER no novo regulamento do futebol. A IFAB
é o órgão regulador das regras do futebol, e está analisando a proposta de
mudança que foi testada em competições de categorias de base na Europa. As
respostas foram consideradas positivas em face do aumento considerável da
quantidade de gols feitos nas partidas. A nova regra diz que: “Um atacante
somente estará em impedimento – OFFSIDE – se nenhuma parte do seu corpo
coincide com a do marcador”.
O único inconveniente para
aprovação da nova regra, de imediato, é que, em caso de aprovação, ela entrará
em vigor a partir do Mundial de 2026. Tal fato divide opiniões entre os
dirigentes da FIFA. Não tenho a menor dúvida de que, a nova regra dará uma contribuição
substancial para melhorar a dinâmica do jogo; aumentará o número de gols
marcados e acabará com aquelas paralisações para se discutir impedimentos
provocados por “cabelinho de sapo”, como diz o versátil cronista esportivo,
Roberto Nascimento.
É comum, no futebol
brasileiro, o VAR, passar mais de três minutos sobrepondo linhas para definir
se o atacante estava, ou não, em impedimento. O dedo mindinho na frente;
cadarço da chuteira esvoaçante; nariz de papagaio, joanete, cotovelo, estão
passando a régua até para medir a ferramenta dos jogadores. Vai melhorar com a
nova regra! Penso assim. Até porque não estamos falando da Lei de Murphy, onde
“o que está ruim pode piorar”.


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