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| Foto:FPF |
VITÓRIA DE PRIMEIRA
CLAUDEMIR GOMES
“Primeira, Primeira! Eu sou de
Primeira”. Com a taça na mão, o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo
Roberto Arruda, regia um coro uníssono na comemoração da conquista do título
pernambucano de futebol da Série A2 levantado pelo Vitória. A festa da ressurreição
emoldura uma história que vai bem mais além do triunfo sobre o América,
adversário cujos números da campanha lhe creditavam um favoritismo na decisão.
Mas o Tricolor das Tabocas carrega consigo um simbolismo que ressalta a luta e
a vitória obtida por um povo no Monte das Tabocas. O clube tem o nome do
município cujos índices de crescimento servem de referência no Estado, nas duas
últimas décadas.
O empate de 1x1, no tempo
normal da decisão, foi a marca registrada da superação. Um salto de grandeza e
coragem que deu ao Vitória a confiança necessária para buscar o título na
decisão por pênaltis. A vitória por 4x2 em cobranças de tiros livres diretos é
o prenúncio de um novo tempo. Este é o terceiro título da Segunda Divisão
estadual conquistado pelo Tricolor das Tabocas.
Conheci Paulo Roberto Arruda
ainda jovem, como estudante universitário do curdo de Direito. Depois, passou a
figurar no cenário do futebol pernambucano como uma grata revelação entre os
dirigentes dos clubes da Primeira Divisão. Desenvolveu um trabalho junto com o
saudoso executivo, Paulo Mayeda, no futebol feminino do Vitória, que colocou o
clube da Terra da Pitú entre as maiores forças do País. Paulo Roberto está
prefeito. Destaca-se como gestor de referência em Pernambuco. Mas, antes de
tudo é um desportista, amante do Vitória, e seu conhecimento da matéria futebol
o leva ao entendimento de que o clube, para se consolidar no pelotão de elite,
tem que cumprir algumas exigências impostas pelo novo tempo.
O número de indústrias que
adotou Vitória de Santo Antão como domicílio nas últimas décadas, dotou o
município de grande potencial econômico, fato que nos leva a crer que, o
Vitória tem a oportunidade de contar com o respaldo de outros parceiros, além
da UNIFACOL, da Pitú e da Prefeitura Municipal. Afinal, o clube precisa,
urgentemente, atacar os projetos para construção de um Centro de Treinamentos
de referência, como possui o Retrô e da construção de um novo estádio,
equipamento que já começou a ser edificado. Será uma arena com capacidade para
15 mil torcedores.
O Vitória, no seu retorno a
Primeira Divisão Estadual, tem que ser tratado como um veículo de divulgação da
cidade, haja visto que, através da disputa doméstica pode chegar à competição
regional – Copa do Nordeste – e às competições nacionais: Copa do Brasil e
Campeonato Brasileiro. O valor da conquista quem mensura são os atletas,
profissionais da comissão técnica e os torcedores. O tamanho do título quem
determina é o sonho, a ousadia e a visão empreendedora dos gestores.
O Vitória de Vitória de Santo
Antão! Isso é suprassumo para qualquer marqueteiro. Parabéns, Vitória! És de
Primeira.

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