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| Yuri Romão, presidente do Sport (Reprodução) |
1-Daqui não saio, daqui ninguém
me tira. 2- Logo o Flamengo? 3-Jogada de mestre. 4-Espera-se que Var. 4-Decisão
em terra de craques. 5-Hora de agradecer.
“DAQUI NÃO SAIO, DAQUI NINGUÉM
ME TIRA...”
Esta música do carnaval
carioca de tempos idos, que ainda hoje faz sucesso, parece que não pode ser
cantada pelo presidente Yuri Romão, do Sport. Luciano Bivar, várias vezes presidente do
clube, filho e irmão de ex-presidente (Milton Bivar, pai e filho) e irmão de um
ex-jogador do clube (China, zagueiro), portanto, leonino de raiz, depois de uma
longa ausência do Recife, chegou chegando. Luciano já fala em antecipação de
eleição na Ilha, tendo tido uma conversa com o mandatário rubro-negro. Apesar
de uma comunicação oficial de Yuri, dizendo que jamais pensou em renunciar, seu
afastamento, antes mesmo da consumação do rebaixamento à Série B do
Brasileirão, tem sido fortemente solicitado e preconizado. Luciano não pensa em
voltar ao comando do clube, todavia, quer dar novo rumo à nau rubro-negra.
LOGO O FLAMENGO?
Tendo como foco o polêmico
título de campeão nacional de 1987, que o Flamengo quer tomar do Sport, mas
sempre leva a pior, seja na Justiça Comum, seja na Justiça Desportiva, os dois
clubes não se bicam. São inimigos figadais, como Luciano acaba de definir numa
entrevista. Pois não é que o rebaixamento do Leão pode ser concretizado sábado que
vem (14), com o Urubu atuando como algoz? Os dois se encontram em jogo
inicialmente marcado para a Ilha, mas retirado para a Arena de Pernambuco. O Mengão,
em vez de visitante, funcionará como anfitrião, ou seja, dono do mando de jogo,
ou mando de campo, como se diz. Os papéis se inverteram. Pela primeira vez,
desde que milito na crônica esportiva, a partir de 1957 (Rádio Clube e Diário
de Pernambuco) estou para ver uma partida em que o time de fora terá mais
torcedor do que a equipe de casa. É isso que está para acontecer. Um motivo de
achincalhe para o povão do Fla para cima do atual tricampeão pernambucano,
principalmente se a equipe comandada por Luiz Filipe ganhar o jogo. E não se
pode falar em “paraibacas”, expressão infeliz e inadmissível criada por um
colega nosso. Com o espaço aberto por Pernambuco em relação ao primeiro naipe
do Brasileiro, o que se vê por aí é muita gente daqui, vestindo camisas de clubes
do Rio e São Paulo. Isso tinha desaparecido e está voltando. Uma pena!
JOGADA DE MESTRE
Como um tabuleiro de xadrez,
futebol tem suas mumunhas dentro e fora de campo. O presidente Bruno Becker, do
Náutico, candidato à reeleição, acaba de acertar a permanência do técnico Hélio
dos Anjos nos Aflitos. Depois de ter colocado o Timbu na Série B do Campeonato
Brasileiro, Hélio tornou-se idolatrado pelos alvirrubros, ele que já era tido
como sendo mais ou menos de casa, devido a outras passagens pela Avenida Conselheiro
Rosa e Silva. Outra mexida no tabuleiro foi a decisão de rescisão de contrato,
caso Becker seja postergado. Bom, da parte do presidente e do treinador, as
cartas, quero dizer, as pedras, estão na mesa.
ESPERA-SE QUE “VAR”
Este é o desejo de quem
acompanha o atual momento do futebol nacional, com tantas discrepâncias dentro
e fora de campo. A CBF criou uma comissão, procurando botar água na fervura.
Além dos socos e gestos afins dos jogadores dentro de campo há as discussões
diante, ou não, dos microfones. Embora profissional há décadas, sempre
considerei futebol um divertimento, jamais um fato bélico. O que esperamos é
que a boa intenção do presidente Samir Xaud, da CBF, dê resultados.
Pessoalmente acho – e isso também existe lá fora – é que com VAR ou sem ele, os
árbitros têm sido muito complacentes com a violência.
DECISÃO EM TERRA DE CRAQUES
A cidade de Goiana está
voltando ao cenário futebolístico, através do Decisão, que faz lembrar a carioca
“Marcha do Caracol”, que diz: “Morava um dia aqui / E outro acolá / Leblon, Copacabana,
Madureira, Irajá...” O time que nasceu no Colégio Decisão, no Recife, tem
peregrinado por este Pernambuco afora, como um verdadeiro cigano. Já Goiana
faz-me lembrar o antigo Campeonato das Usinas, quando a Usina Nossa Senhora das
Maravilhas sempre botava pra quebrar, formando grandes equipes. Foi lá que o
Auto Esporte da Paraíba descobriu o ponta-esquerda Rinaldo, pernambucano de
Jurema, que logo estava no Treze. De lá veio para o Náutico. Contratado pelo Palmeiras,
logo entrou na Seleção Brasileira. Mais para trás, Goiana foi berço de três
irmãos que brilharam intensamente no futebol pernambucano: Zeca (Náutico e
Santa Cruz), Mituca (Santa Cruz) e China (Náutico e Sport). Portanto, o
andarilho Decisão foi adotado por uma cidade que curte o futebol.
HORA DE AGRADECER
Sinceramente, eu me sinto
perdido, tantas foram as felicitações recebidas pela passagem de meu
aniversário. Na impossibilidade de agradecer de “per si”, como gostava de dizer
meu saudoso pai, daqui transmito um agradecimento geral. Deixo a certeza para
todos, que o bem que todos me fizeram, rejuvenesce este oitentão para mais uma
jornada até quando o bom Deus permitir. Muito obrigado e um forte abraço a
todos e a todas.

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